Miguel de Oliveira, que falava no acto alusivo ao dia 15 de Janeiro, data dedicada aos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, lembrou ter sido graças à entrega e patriotismo dos ex-combatentes que foi possível derrubar o colonialismo português e demais forças que causavam instabilidade no país antes e depois da Independência Nacional.

"Graças à contribuição e esforço dos antigos combatentes foi possível a viragem definitiva da página da história nacional”, afirmou Miguel de Oliveira, salientando que o Executivo tem estado a implementar políticas públicas com vista a melhoria da qualidade de vida dos ex-combatentes.

A secretária provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Margarida Paulo, reafirmou a predisposição do Governo da província em continuar a prestar maior atenção aos antigos combatentes, por tudo que fizeram em prol da Nação.

Reconheceu os problemas com que os antigos combatentes ainda se deparam na província de Cabinda, justificando a crise económica e financeira do país como o grande empecilho que inviabiliza a materialização de um conjunto de projectos gizados pelo Executivo.

"Conhecemos os problemas que os filhos e familiares dos pensionistas carecem, como a falta de habitação, acesso ao ensino superior, ingresso na função pública, e outros julgados convenientes", referiu.

Margarida Paulo apelou a todos os antigos combatentes no sentido de se associarem às cooperativas agrícolas para, de forma colectiva, obterem maiores rendimentos e melhorarem quer a dieta alimentar, quer a sua condição financeira.

O Gabinete dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria em Cabinda controla um total de 1.507 antigos combatentes, entre guerrilheiros, familiares e deficientes de guerra.

Data assinalada no Cunene

O compromisso do Executivo em continuar a implementar políticas viáveis a favor do bem-estar dos antigos combatentes e veteranos da pátria foi reafirmado, sábado, na cidade de Ondjiva, Cunene, pelo vice-governador local para o sector Político, Social e Económico, Apolo Ndinoulenga.

Ao discursar no acto provincial alusivo às comemorações do 15 de Janeiro, que hoje assinala o Dia do Antigo Combatente e do Veterano da Pátria, Apolo Ndinoulenga reafirmou que, apesar das dificuldades do país, o Estado angolano continua engajado na procura de melhores soluções para mitigar os múltiplos problemas dos ex-combatentes.

"O Estado vai continuar a trabalhar no sentido de consolidar a dignidade e honra dos antigos combatentes e veteranos da pátria”, afirmou, lembrando que foi graças à coragem e determinação desta gesta de combatentes que Angola é hoje um país independente e soberano.

Apolo Ndinoulenga salientou que todo o cidadão angolano tem uma dívida impagável para com os antigos combatentes e veteranos da pátria. Sublinhou que a principal aposta da instituição reside na promoção e fomento de cooperativas agrícolas e de pesca, para prestar uma maior contribuição ao programa de combate à pobreza e diversificação da economia.

Por sua vez, Eugénio Namenapossy informou que a instituição que dirige desenvolve esforços para identificar parcerias estratégicas e captar apoios que visam o reforço da capacidade institucional do sector.

"Temos de continuar a trabalhar e buscar soluções para proporcionarmos melhores condições de vida aos ex-combatentes”, disse Eugénio Ndamenapossy, que defendeu a implementação de programas agropecuários, piscicultura, avicultura, entre outros, para que os antigos combatentes não dependam apenas da pensão.

O 15 de Janeiro foi instituído Dia do Antigo Combatente e Veterano da Pátria para homenagear todos os cidadãos que deram o melhor de si para o alcance da Independência Nacional.

MPLA garante dignificação social para a classe

O Bureau Político do Comité Central do MPLA defende uma maior dignificação social e elevação da auto-estima dos antigos combatentes e veteranos da Pátria e das suas famílias, com vista à melhoria das condições de vida.

O Bureau Político sustenta esta posição na declaração tornada pública por ocasião do Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, que hoje se assinala.

O Bureau Político ressalta que esta medida vai permitir a melhoria das condições de vida dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, com ênfase no acesso à habitação, ao tratamento físico e psíquico, à educação, formação e à criação de meios de sustentação económica ou de geração de rendimento, no âmbito da política de assistência e protecção social dos grupos vulneráveis.

A declaração acrescenta que esta atenção deve-se ao envolvimento directo e tempo de permanência em processos de luta, em que muitos deles contraíram deficiências que reduziram a sua capacidade produtiva.

Nesta conformidade, o Bureau Político reitera o incondicional apoio às medidas e políticas orientadas pelo Titular do Poder Executivo, João Lourenço, que visam conceder dignidade histórica e social aos antigos combatentes e veteranos da pátria. O Bureau Político reconhece, a propósito, a importância do papel por eles desempenhado no processo de Luta de Libertação Nacional e demais conflitos armados, com valor de precursor das principais conquistas do povo angolano, com realce para a Independência Nacional.

O Bureau Político apela, por isso, a sociedade, em geral, no sentido de manter, sempre vivo e actual, o legado histórico dos antigos combatentes e veteranos da pátria, como acção fundada no espírito de defesa das mais profundas aspirações do povo angolano, reflectidas na máxima do fundador da Nação, António Agostinho Neto, segundo a qual "O mais importante é resolver os problemas do povo”.

"Neste momento de celebração, o Bureau Político do MPLA, exorta, em nome de todos os seus militantes, simpatizantes e amigos, os angolanos a manifestar o sentimento de orgulho pela missão histórica de todos os heróis nacionais, cuja acção em prol da pátria angolana resultou na transformação de Angola num Estado Democrático de Direito, fundado na força do seu povo, com aspirações de ser uma Nação cada vez mais aberta e inclusiva”, lê-se na declaração do MPLA alusiva ao Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.

Arsénia Manuel|Cabinda e Elautério Silipuleni | Ondjiva