Angola participou, terça-feira, em Paris, França, num desfile de moda com 14 modelos vestidos pela estilista Nadir Tati, cujo evento contou com a presença da ministra de Estado para Área Social, Dalva Ringote.
O escritor e cineasta Henrique Sungo apresenta no próximo dia 17, em Luanda, no Palácio de Ferro, a sua quarta obra literária intitulada "Minha roupa minha raiz", com a participação da escritora botswanesa Paula O. M. Utukile.
A poesia é um dos géneros que conseguiu conquistar um lugar de destaque e um público específico, nos últimos anos, e os declamadores estão entre os artistas de referência no domínio da poesia, como defenderam, esta terça-feira, em Luanda, as criadoras Cândida Costa, Zoé Kifembe e Kátia Santos.
Entrevistadas por ocasião do Dia Mundial da Poesia, assinalado ontem, as autoras adiantaram que a poesia vai muito além do simples proferir palavras. "É preciso talento e técnicas próprias para exprimir um poema”, destacam. Para poetisa Zoé Kifembe, ser declamador é saber transmitir emoções de forma artística, através das palavras e gestos. "Para ser declamador não há regras, mas a pessoa tem de compreender o que está a falar e conhecer a estrutura do poema”, explicou a fundadora do movimento M-arte Angola.
Actualmente, acrescentou, o número de declamadores no país tem aumentado bastante, porém, faltam escolas especializadas, para estes terem noções mais amplas sobre a arte e deixem de ser autodidactas. Com dois anos de carreira, a artista já tem dois prémios, um deles o de melhor poema do concurso Nova Geração, o ano passado. "O M-arte Angola tem realizado concursos e recitais de poesia com regularidade duas vezes por mês, desde Maio de 2021. Um dos projectos de realce tem sido o Ubuntu Spoken Faláfrica e os recitais acústicos”, afirmou.
A escritora Kátia Santos considera a declamação a capacidade de exteriorizar os sentimentos, de forma a cativar ou chamar a atenção do público. Declamadora desde 2008, a autora, que integrou no movimento Lev’Arte, tem dois livros no mercado literário, "Incertezas”, de 2014, e "Pedaço da História”, de 2019. Além disso, tem textos na antologia feminina poética "O Cântico da Kianda”.
A declamadora Cândida Costa, que despertou o gosto pela poesia na igreja Metodista Unida, vê o acto de declamar como uma forma de exteriorizar um sentimento. "É uma forma de se conectar com o espectador e a plateia. Comecei a declamar cedo. O gosto surgiu na igreja, onde nas actividades declamava alguns poemas”.
Actualmente, adiantou, têm surgido muitos movimentos literários que ajudam os jovens a terem visibilidade no mercado. "É preciso que os jovens autores comecem a criar uma conexão íntima com os textos poéticos, de forma a terem mais experiências”, adiantou.
Cândida Costa disse que alguns movimentos literários, como a Brigada Jovem da Literatura, Poesia eu Vivo e o Lev’Arte têm sido um canal para a entrada no mercado de muitos jovens artistas, em especial os declamadores.
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