Dois mortos e dois feridos é o resultado de um acidente de viação ocorrido este sábado na zona alta da cidade Lobito, província de Benguela.
Oito autocarros dos 64 entregues para transporte público, a 23 operadores económicos na província de Cabinda, estão retidos, desde sexta-feira, por não se encontrarem ao serviço das populações, nas zonas urbanas, periurbanas e intermunicipais.
As inundações que se registam nos últimos dias, em consequências de fortes chuvas que caíram em toda a extensão da província do Cunene, estão a inviabilizar o contrabando de combustível, uma prática recorrente efectuada na calada da noite por cidadãos, apurou o Jornal de Angola junto de pessoas envolvidas no negócio.
A reportagem do Jornal de Angola falou com jovens, angolanos e namibianos, o segmento da população mais envolvida no referido negócio ilícito, na fronteira entre Angola e Namíbia, que confirmaram a dificuldade por força das inundações que se verificam na região.
Alexandre Dinis, 28 anos, que se dedica à venda ilegal de combustível há sete anos, disse ao Jornal de Angola que as vias terciárias que ligam Ondjiva, Namacunde e Xangongo, onde existe bombas de combustível, as zonas fronteiriças estão intransitáveis, o que está a dificultar a circulação de pessoas que usam caminhos fiotes para a comercialização de gasolina na Namíbia.
Alexandre Dinis que tem como actividade principal a comercialização de gasolina, na orla fronteiriça referiu que a água da chuva está a dificultar a venda porque a passagem nas chanas está a ser feita com muitas dificuldades. "Estamos à espera que a água diminua para prosseguirmos com as vendas, mas enquanto a situação prevalecer o custo de vida para os revendedores de gasolina vai ser difícil, porque muitos tem o ganha-pão no contrabando de combustível”.
Questionado se sabe que o contrabando constitui crime para a economia do país, disse que é o desempregado e não tem outro trabalho para o sustento da sua família. Acrescentou que a chuva é uma bênção de Deus, que beneficia a maioria e que a venda de gasolina é um ganho individual, por isso vamos ter paciência, por se tratar de coisa passageira.
O jovem fez saber que os chamados "caminhos fiotes” (vias ilegais) que dão acesso à Namíbia ficaram intransitáveis, a única saída agora é o portão oficial do posto fronteiriço de Santa-Clara, e ali não é permitido a passagem de produtos proibidos por lei, por se tratar de crime económico. Salientou que se as cheias permanecerem por muito tempo, o custo de vida para os que se dedicam à venda ilegal de gasolina vai ser difícil.
Um jovem trabalhador das bombas de combustível da Sonangol do bairro Naipalala, que pediu para falar sob o anonimato, disse à reportagem do Jornal de Angola que, desde o início das chuvas, as longas filas que se verificavam diminuíram consideravelmente.
Explicou que há pouca pressão no atendimento devido o reduzido número de pessoas que acorrem as bombas para abastecerem as suas viaturas e outros portadores de bidons plásticos para revenderem na vizinha Namíbia.
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