Cursos de especialidades médicas estão a ser ministrados, pela primeira vez, na província do Cunene, com o arranque, na cidade de Ondjiva, da formação dos primeiros 31 médicos de diferentes unidades hospitalares.
Segundo a directora do Gabinete Provincial da Saúde, Georgina Nunes, o ciclo de formação começou segunda-feira, no Hospital Geral de Ondjiva, e, numa primeira fase, envolve especialidades de Cirurgia, Pediatria, Medicina Interna, Genecologia, Obstetrícia e Medicina Geral e Familiar.
Acrescentou que a formação se vai estender aos seis municípios da província do Cunene, com duração de três a quatro anos, dependendo de cada especialidade, com o objectivo de dar resposta à carência de médicos especialistas em unidades sanitárias da província e aumentar a mão-de-obra qualificada no Hospital Geral, ainda em construção.
Explicou que as aulas vão ser ministradas por 18 médicos/monitores, entre os quais cinco de nacionalidade cubana, especialistas em Medicina Geral e Familiar.
Georgina Nunes deu a conhecer que o Gabinete Provincial da Saúde tem em formação 44 médicos de diversas especialidades, três dos quais a finalizarem, em diferentes províncias do país, com realce para Luanda e Huíla.
O médico Eleutério Hivilikwa, coordenador dos cursos de especialização médica, disse que o início da formação especializada no Cunene vem dar outro alento ao Sector da Saúde, uma vez que vai reduzir a deslocação de médicos para outras províncias à procura de formação.
"Se estivermos todos empenhados, penso que vamos formar especialistas capazes de ombrear com outros formados noutros lugares do país. Temos aqui condições que nos possibilitam nos munirmos de conhecimentos para podermos diagnosticar e tratar correctamente as doenças”, observou o médico.
O vice-governador para o Sector Político, Económico e Social considerou a acção formativa um passo importante para o desenvolvimento do Sistema Nacional da Saúde. "A especialização de médicos trás sempre melhorias significativas na assistência à população”.
Apolo Ndinoulenga lembrou que o Sector da Saúde na província regista insuficiência de infra-estruturas sanitárias e de recursos humanos especializados.
No total foram seleccionadas 12 especialidades, mas, neste ano lectivo, vai dar-se prioridade a cinco, de acordo com o Gabinete Provincial da Saúde.
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