Num acto politico-cultural organizado pelas Forças Armadas Cubanas para saudar o Dia da Libertação da África Austral, Álvaro Lopez Miera disse que aquele facto histórico "é um símbolo de resistência e coragem, não só pela sobrevivência face às vicissitudes da luta, mas também pela vontade de ferro de quem tudo deu nessa frente”.

O Centro Fidel Castro, uma instituição pública destinada a difundir, estudar e investigar o pensamento e a obra do ex-líder da revolução cubana, reuniu representantes do corpo diplomático de Angola, África do Sul e da Namíbia, além de autoridades do Estado e Governo de Cuba, ex-embaixadores e outros convidados da sociedade cubana.

Ouviram-se testemunhos de combatentes que participaram nas primeiras linhas daquela epopeia que marcou a expulsao de Angola do exercito invasor da entao racista África do Sul, a independencia da Namíbia e o fim do apartheid na África do Sul.

O director do Centro, Rene Barrios, disse na ocasiao que "Angola é uma página brilhante, limpa, honrada e transparente na história da solidariedade entre os povos, na história do internacionalismo, na história do contributo dos cubanos para a causa da liberdade e da melhoria humana. É, também, por tudo isto, uma página honrosa na História de Cuba.”

A ocasião foi propícia para apresentar um audiovisual com as demonstrações de coragem dos combatentes angolanos e cubanos, unidos pelo amor à liberdade e à independência, protagonistas do maior e mais longo conflito militar em África após a Segunda Guerra Mundial.

A Batalha do Cuito Cuanavale foi desenrolada de 15 de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988. A vitória sobre os invasores sul-africanos obrigou o regime de Pretória a retirar-se de Angola e iniciar conversações de paz e abriu caminho ao processo de desmantelamento do apartheid.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba também recordou  o 35º aniversário da vitória na Batalha do Cuito Cuanavale, em Angola, feito que considerou "histórico e com o qual os combatentes de ambos os países reafirmaram a soberania de Angola.”

Em nota divulgada na sua  conta do Twitter, o Ministério das Relações Exteriores  de Cuba qualificou a vitória como um acto transcendental que "contribuiu para a libertação de Angola, para a independência da Namíbia e marcou o caminho para a derrota definitiva do apartheid”.