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Cuanza-Norte: Especialistas da Casa Militar removem e destroem minas

Marcelo Manuel | Ndalatando

Jornalista

A 11ª Brigada de Unidade Especial de Desminagem da Casa Militar do Presidente da República e parceiros, em cumprimento ao protocolo dos acordos de paz do Luena, assinados em 2002, na província do Moxico, desminaram, nos últimos três anos, 80 quilómetros lineares e 11.699 metros quadrados, entre os municípios de Cazengo e Cambambe, na província do Cuanza-Norte.

17/09/2023  Última atualização 08H00
Foram recolhidos 439 engenhos explosivos, com destaque para minas antitanque e antipessoal, morteiros e munições © Fotografia por: DR

Durante o processo de desminagem foram recolhidos 439 engenhos explosivos, com destaque para minas antitanque e antipessoal, morteiros e munições, apresentados, sexta-feira, às autoridades governamentais locais e posteriormente destruídos a três quilómetros da região do Alto-Dondo.

Segundo o chefe do Departamento Provincial do Centro Nacional de Desminagem, Garcia Numa, os trabalhos decorreram ao longo do corredor das linhas eléctricas de média tensão, num percurso de 45 quilómetros, entre Lucala II e Dondo, bem como no troço Alto-Dondo/São Pedro da Quilemba.

Segundo Garcia Numa, na comunidade do Tenga, em Ndalatando, foram desminados 11.699 metros quadrados, que estão a ser usados pela população para o fomento da agricultura.

O comandante da 11ª Brigada da Unidade Especial de Desminagem da Casa Militar do Presidente da República, Hamilton Teodoro, defendeu o reforço das acções de desminagem e recolha de engenhos explosivos colocados em várias localidades ao longo dos mais de 40 anos de guerra, acrescentando que o desenvolvimento do país depende, em grande medida, da localização, neutralização e destruição das minas e de outros engenhos explosivos não detonados.

"O grande objectivo do Executivo é destruir todas as minas existentes no país”, disse Hamilton Teodoro, lembrando que, em 2017, a extinta Comissão Executiva de Desminagem realizou uma conferência nacional, sob o lema "Angola livre de minas, rumo ao desenvolvimento”, que serviu para analisar, balancear e perspectivar as acções de desminagem e seu impacto nos diversos sectores da vida nacional, mormente as áreas da Agricultura, Energia e Águas, Construção, Geologia, Minas e Transportes.

Hamilton Teodoro destacou a importância dos parceiros sociais no processo de desminagem, bem como das administrações locais, Órgãos de Defesa e Segurança, autoridades tradicionais e população em geral, que têm ajudado a identificar zonas supeitas de terem implantadas minas.

A província do Cuanza-Norte conta com 16 zonas suspeitas de minas, espalhadas entre os municípios de Ambaca, Cazengo, Cambambe e Golungo-Alto.

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