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Cuanza-Norte: Desparasitação abrange um milhão de cidadãos

Marcelo Manuel | Ndalatando

Jornalista

A campanha de desparasitação em curso na província do Cuanza-Norte, desde segunda-feira, com o objectivo de evitar casos de parasitos e intestinal, shistossomíase, oncocercose e filariose linfática, prevê abranger, nos próximos 11 dias, cerca de um milhão de cidadãos, no âmbito do programa do Ministério da Saúde de imunização contra doenças tropicais negligenciadas.

06/03/2024  Última atualização 07H02
Campanha tem como objectivo evitar casos de parasitas © Fotografia por: Nilo Mateus | Edições Novembro

A coordenadora nacional do programa de luta contra as doenças tropicais negligenciadas, Maria Cecília, explicou, em Ndalatando, durante a abertura da campanha, que foram mobilizados 611 vacinadores e distribuidores de medicamentos nas comunidades e 60 supervisores.

A desparasitação, acrescentou, vai decorrer nos dez municípios, devendo-se administrar três comprimidos a cada contemplado.

Maria Cecília deu a conhecer que o Ministério da Saúde fez, recentemente, o mapeamento de algumas enfermidades, por meio do qual se concluiu que o Cuanza-Norte é o berço das doenças tropicais negligenciadas.

Nos dez municípios do Cuanza-Norte, explicou, regista-se a existência de parasitas intestinais, tendo avançado que, a nível da região, há uma presença significativa de casos de shistossomíase, filariose linfática e oncocercose.

"No universo de 164 municípios mapeados, a nível de todo o país, os do Cuanza-Norte lideram a lista de casos das referidas doenças”, disse, acrescentando que o Ministério da Saúde traçou um plano que visa o combate das referidas enfermidades.

O principal objectivo do Executivo angolano, assinalou, é evitar o surgimento de complicações criadas pelas referidas patologias, que vão desde o cancro da bexiga, infertilidade, hérnias e elefantíase, algumas das quais confundidas com enfermidades de fórum tradicional.

A coordenadora nacional do programa de luta contra as doenças tropicais negligenciadas aconselha as autoridades tradicionais, no sentido de sensibilizarem a população a aderir à campanha de desparasitação.

Nos próximos cinco anos, sublinhou, o Ministério da Saúde vai, de forma consecutiva, realizar campanhas de vacinação contra doenças tropicais negligenciadas, para depois fazer estudos de prevalência, visando a erradicação das referidas patologias.

As doenças tropicais negligenciadas são patologias infecciosas endémicas, que ocorrem em 149 países da África, América Latina e Ásia, afectando, principalmente, populações de baixa renda e têm um impacto significativo em mais de um bilhão de pessoas.

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