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Cuando Cubango: Saúde reforça acções para diminuir suicídios

Carlos Paulino | Menongue

Jornalista

As autoridades sanitárias e policiais do Cuando Cubango estão a trabalhar com familiares dos últimos dois casos de suicídio, para aferir as motivações e reforçar as estratégias para que ocorrências do género deixem de ocorrer, segundo o supervisor provincial da saúde mental, Faustudo Augusto.    

07/01/2023  Última atualização 07H24
© Fotografia por: DR

"As autoridades sanitárias e policiais têm estado a registar, com muita preocupação, o aumento considerável, nos últimos tempos, de casos de suicídio na província do Cuando Cubango”, disse Faustudo Augusto, acrescentando que os últimos dois casos, de duas jovens de 25 e 39 anos, residentes nos bairros Boa Vida e Banda Velha, arredores da cidade de Menongue, foram registados dia 2 e 3 do corrente mês.

Em declarações ao Jornal de Angola, o supervisor provincial da saúde mental informou que, nos últimos dois anos, a província registou 32 casos de suicídio, cujas vítimas tinham idades compreendidas entre os 14 e 75 anos. 

Deu a conhecer que a maior parte dos suicídios ocorreu nos municípios de Menongue, Cuangar e Calai.

O supervisor provincial da saúde mental apontou a pobreza, desemprego, transtornos, crises políticas e económicas, discriminação devido à orientação sexual e identidade de género, agressões psicológicas e físicas como as principais causas de suicídio no Cuando Cubango.

Na sua visão como psicólogo clínico do Hospital Municipal de Menongue, os problemas conjugais e familiares, uso abusivo de substâncias psicoactivas (álcool e drogas), vergonha, abuso sexual, medo do futuro, factores socioculturais e depressão são, também, as principais motivações de suicídio.

Segundo Faustudo Augusto, os casos de suicídio já constituem um problema de saúde pública, que deve merecer atenção especial do Executivo, das autoridades sanitárias, policiais, entre outras instituições, para se inverter o actual quadro preocupante. Defendeu mais condições de trabalho e especialistas em saúde mental do foro psíquico, encontros, palestras e reforço da assistência médica e medicamentosa aos cidadãos com problemas mentais que vivem em áreas recônditas.  

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