Ao falar à imprensa, no final de uma reunião, na qual participaram cerca de 90 dos 126 membros do Comité Central, Zissala Pululu, secretário-geral suspenso, afirmou que o presidente, Simão Makazu, "comportou-se com espírito de vingança, arrogância e ambições pessoais na condução dos destinos do partido”.
"Durante seis anos, Makazu mostrou-se incapaz de dirigir o destino do partido, limitando-se a saquear o dinheiro do partido e a criar desarmonia entre os militantes”, disse.

"Perante esse quadro sombrio que se desenhava, capaz de fazer desaparecer o partido da cena política, surgiu, sem vacilar, um grupo de membros do Comité Central que tomaram a decisão de se revoltar contra a direcção de Simão Makazu, realizando várias actividades para repor o partido no bom caminho”, sustentou.
Pululu revelou que a sua equipa "vai contactar a liderança da coligação CASA CE para cancelar os oito milhões e 500 mil kwanzas do partido que são cedidos trimestralmente a Simão Makazu”, já que deixou de ser o presidente.

"O mesmo procedimento será feito junto do Parlamento, que tem disponibilizado, todos os meses,  um milhão e meio de kwanzas ao partido por via desta personalidade agora destituída da liderança do PDP-ANA.”, revelou
Segundo Zissala Pululu, "todas as instalações do partido no país, sobretudo a sede nacional, em Luanda, encontram-se em estado de degradação profunda, por falta de manutenção, pois o presidente tem desencaminhado todas as verbas que recebe em nome do partido”.

Em declarações recentes ao Jornal de Angola, Simão Makazu desmentiu as acusações de Zissala Pululu, afirmando que "ele não tem legitimidade para falar em nome do partido porque foi destituído em 2019.”
Toda esta celeuma acontece a escassos dias de o PDP-ANA comemorar o 30º aniversário. O Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana foi fundado, a 17 de Março de 1991, por Mfulumpinga Nlandu Vitor, falecido a 2 de Julho de 2004.