A estimativa é de que até ao final deste ano a inflação se situe entre os nove e onze por cento e poderá segundo o José Massano se manter consistente. Ainda assim, a taxa prevista é considerada alta. De acordo com o Governador, considerando a meta de inflação recomendada a nível da SADC que é de quatro e seis por cento, cenário que a economia nacional não vai assistir já neste ano.

" Nós ainda temos uma taxa de sete por cento nos juros de habitação que muitas famílias não conseguem aceder. Portanto, o que pudermos para avaliarmos as condições monetárias, e por essa via impactar o ritmo de abrandamento na economia, desde que esse aliviar de condições não provoque uma alteração no curso de estabilidade de preços no mercado, será feito", salientou.

O CPM informou ainda que continua a fazer esforços para tornar instrumentos do BNA mais eficazes, no quadro do regime praticado de "metas monetárias", num momento em que está a "migrar" para um regime de" metas de inflação".

Segundo cálculos do BNA, em média, o tempo que o mercado leva para corresponder aos efeitos de uma redução ou subida das taxas de referência é de mais ou menos 90 dias.

Isso significa que as taxas de juros praticadas pelos bancos comerciais, para novas operações de créditos, poderão registar variação após esse tempo e neste caso, o BNA ao reduzir os juros básicos, torna mais barato o crédito. Obviamente, como explicou na ocasião o governador, para os créditos já em curso não se vai registar variação, salvo nos créditos em que as taxas de juros variáveis. VI