Economia

Crédito às empresas concedido pelo BCI passa a ter 75 por cento de cobertura

Regina Handa

Os créditos concedidos às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), cooperativas e empreendedores singulares pelo Banco de Comércio e Indústria (BCI) passam a ter 75 por cento de cobertura do Fundo de Garantia de Crédito (FGC).

15/05/2024  Última atualização 09H57
Luzayadio Simba e Renato Borges assinaram o memorando © Fotografia por: Vigas da Purificação | Edições Novembro

Os termos desse acordo foram assinados, terça-feira, em Luanda, pelas partes.

Deste modo, o Fundo compromete-se garantir financiamentos de montante máximo de 200 milhões de kwanzas.

A celebração do acordo prevê ainda que os montantes de crédito, cujos valores sejam superiores a 200 milhões de kwanzas, não serão objecto de aprovação automática, por carecerem sempre de uma análise de risco autónoma do Fundo de Garantia de Crédito (FGC).

Portanto, assinalam as partes, as empresas com capital social subscrito maioritariamente por mulheres podem beneficiar de uma garantia pública de até 80 por cento sobre o capital financiado.

Em declarações à impren- sa, o presidente do Conselho de Administração do FGC, Luzayadio Simba, disse pretender-se com o acordo assinado que haja mais bancos a aderirem ao novo produto do Fundo de Garantia de Crédito, de modo que se tenha mais oferta em termos de financiamento.

"Não queremos limitar a adesão dos bancos à Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis (LAPS). Precisamos de mais bancos, para que possam ser também mais instituições a financiar a nossa economia, pois os empresários, hoje, precisam desse apoio da banca comercial”, informou.

Luzayadio Simba disse ainda que o acordo se enquadra na estratégia gizada pelo FGC para o alcance das mil garantias que se pretendem para este ano.

 
Prioridades do BCI

O presidente da Comissão Executiva do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Renato Borges, disse que, para este acordo, o banco está, preferencialmente, virado para o sector produtivo, e que a economia real vai ser o âmbito deste compromisso.

Conforme disse, o BCI quer acreditar que as PME são o modelo para a economia.

Adiantou que, em termos de valor, para este projecto, o mínimo é de um milhão de kwanzas e o máximo vai até 200 milhões. Nesse intervalo, as garantias são automáticas e os empresários podem recorrer a qualquer uma das agências do BCI.

Explicou também que o montante máximo a que o banco está comprometido nesse acordo é de 10 mil milhões de kwanzas, sendo que para cada crédito o valor máximo vai até 200 milhões de kwanzas.

A Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis desenhada pelo FGC é resultado do Plano de Aceleração do Fomento de Garantias, que a instituição traçou e visa dar resposta ao reforço do combate à insuficiência alimentar, aumento da empregabilidade e da reconversão da economia informal.

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