O corpo diplomático africano, acreditado na República Popular da China, defende a necessidade imperiosa de a União Africana (UA) ser integrada como membro de pleno direito do G20.
De acordo com Azali Assoumani, presidente da União Africana, que falava em Pequim por ocasião da celebração, recentemente, do 25 de Maio, Dia de África, é chegada a altura de convencer os homólogos do G20 da necessidade de a instituição se tornar num membro de pleno direito.
Justificou a pretensão dos países africanos com o facto de acreditar que "será por intermédio da presença permanente que a União Africana terá a possibilidade de se pronunciar”, em particular "sobre as grandes decisões económicas e financeiras que lhe digam respeito”.
De igual modo, Azali Assoumani reiterou a necessidade de implementação de reformas que permitam ao continente ter representação no Conselho de Segurança das Nações Unidas, de forma a "acabar com a injustiça sempre infligida à África”.
A mensagem do presidente da União Africana é corroborada pelo embaixador angolano, João Salvador Neto, que acrescentou ser também necessário que a organização reflicta sobre a importância do continente ser cada vez mais unido e procurar resolver os problemas de forma pacífica e por via do diálogo.
"Em Angola, somos um exemplo disso. Resolvemos por nós mesmos, por via do diálogo entre os irmãos o conflito que tínhamos. Hoje, estamos a consolidar o nosso sistema democrático em esforços muito grandes para desenvolver a economia, por via da diversificação”, disse, apelando, em seguida, para a necessidade de se "ser incansável” no exercício de unir a África.
Os imensos recursos que África dispõe, segundo ainda o diplomata angolano, se forem explorados de forma sustentável e em benefício dos povos africanos, podem oferecer melhores condições de vida para os cidadãos.
"A África precisa de despertar e avançar. Os jovens africanos têm de assumir, também, este desafio. Têm a oportunidade de estudar na China e outros países com um nível de desenvolvimento e conhecimento muito elevados. Se absorverem muito bem os conhecimentos que adquirem, tenho a certeza que os nossos jovens terão uma participação muito activa em todo o processo de pacificação e desenvolvimento económico do nosso continente”, acrescentou.
Guerra no Sudão
A paz, segurança, democracia e o desenvolvimento do continente, de acordo com o líder da Uniãɔ Africana, estão ameaçados em várias regiões, tendo citado o exemplo do Sudão, que se encontra mergulhado numa grave crise política.
Em face disso, Azali Assoumani sugeriu que se deve convencer os irmãos sudaneses a primarem pelo diálogo, para que se termine agora com o conflito armado que assola o país há várias semanas, e que só irá enfraquecer ainda mais este grande país irmão”.
Para o representante permanente da União Africana para a República Popular da China, Rahamtalla Mohamed Osman, muitos dos Estados-membros estão em crise, fruto de ataques internos mortais, alimentados pela busca desenfreada pelo poder supremo, com o corolário da perda significativa de vidas humanas.
Além da fragmentação política e social, disse, os elementos significativos do património estão a ser destruídos, na sequência do quadro trágico associado a factores negativos, como o declínio democrático, opressão, insegurança, propagação do terrorismo, extremismo violento e circulação descontrolada de armas.
Referiu serem, estes, alguns dos temas que devem servir de reflexão para o continente, num momento em que celebrou os 60 anos da União Africana.
"Há a necessidade de reflexão sobre o caminho para identificar corajosamente as causas profundas, mas, acima de tudo, esforçar-se por traduzir em acções o compromisso assumido pelos nossos líderes, em ver a África unida”, sublinhou.
O também diplomata considera que, apesar das dificuldades de vária ordem, a África continua a caracterizar-se pela sua grande capacidade de resiliência, destacando o facto de ter conseguido, perante previsões alarmistas da época, manter-se firme diante da pandemia da Covid-19.
"Melhor ainda, o continente agarrou a oportunidade deste infortúnio para repensar a sua estratégia de saúde, numa concertada acção dos nossos Chefes de Estado e de Governo”, referiu.
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