O ministro das Relações Exteriores, Téte António, e o presidente do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel, abordaram, sexta-feira, em Luanda, sobre a importância do papel da diplomacia económica na atracção de investimentos estrangeiros e na criação de parcerias que possam alavancar o crescimento do país.
A Coreia do Sul felicitou Angola pela eleição a primeira vice-presidência da Mesa da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), para este ano, e pelo regresso ao Conselho de Paz e Segurança da mesma organização continental para o biénio 2024-2026.
O diplomata sul-coreano almejou um maior dinamismo da União Africana com a chegada de Angola àqueles dois postos, assim como uma cooperação mais dinâmica e estratégica com o seu país.
Chung Byungwon deslocou-se à Etiópia para promover encontros com os Representantes Permanentes dos Estados-membros africanos acreditados junto da União, no âmbito da preparação da Cimeira Especial "África-Coreia 2024", prevista para os dias 4 e 5 de Junho, com o lema inicial "o futuro que construímos juntos: crescimento compartilhado, sustentabilidade e solidariedade”.
O
diplomata sul-coreano considerou imprescindível a presença dos Chefes de Estado
e de Governo africanos no evento, atendendo a cooperação estratégica de longo
prazo que a República da Coreia pretende estabelecer com o continente africano
nos mais variados domínios.
Miguel Bembe manteve encontro com Chung Byungwon
Miguel
Bembe saúda
iniciativa
O embaixador de Angola na Etiópia desejou sucesso ao Governo sul-coreano na realização da cimeira e sugeriu uma ampla divulgação do evento junto da União Africana e não apenas ao nível bilateral com os países africanos.
Tendo em conta os vários desafios com os quais o continente africano se bate, com realce para o político e de segurança, Miguel Bembe defendeu que os esforços de resposta aos mesmos sejam centrados, primeiro, nas causas e, só depois, nas consequências.
Sobre este particular, o diplomata angolano identificou os sectores Económico e Social como fundamentais para tornar o sonho da integração africana uma realidade, tendo apresentado a Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), um dos projectos emblemáticos da Agenda 2063 da União Africana, como um dos passos cruciais e decisivo no processo de desenvolvimento do continente africano, "sendo, por isso, imperativo acelerar o processo da sua implementação".
A par disso, Miguel Bembe considerou necessário definir um plano de acção pós-cimeira África-Coreia 2024.
O embaixador de Angola na Etiópia destacou algumas áreas de interesse prioritário para Angola e o continente africano, nomeadamente, a criação de infra-estruturas de produção e circulação, indústria de transformação e conservação, capacitação de recursos humanos, tecnologias de informação e comunicação/digitalização, apoio ao processo integração sustentável africana, com uma aposta forte nos sectores extragovernamentais, tais como o sector privado e empresarial.
Angola foi eleita, quer para o Conselho de Paz e Segurança quer para a primeira Vice-Presidência da Mesa da União Africana, este mês, durante a realização, na capital etíope, da 37ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
A eleição para a Vice-Presidência da Mesa confirma a assunção de Angola à presidência rotativa da União Africana em 2025. Já o regresso ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana resultou do princípio da rotatividade que se observa nos vários órgãos da organização continental.
Com 46 votos, o país foi o mais votado para ocupar a posição. É a quarta vez que Angola é eleita para este órgão da União Africana. Desde a operacionalização do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, em 2004, o país já foi eleito três vezes, sendo a primeira por um mandato de três anos (2007-2010) e as restantes por dois anos (2012-2014 e 2018-2020).
O
Conselho de Paz e Segurança da União Africana é um órgão decisório permanente
para a prevenção, gestão e resolução de conflitos em África e um dos órgãos
mais estratégicos da organização, que actua como uma estrutura de segurança
colectiva e de aviso prévio para facilitar, em tempo oportuno, uma resposta
eficaz a situações de conflito e de crise no continente.
Relações diplomáticas cada vez mais sólidas
Angola e a Coreia têm mantido um relacionamento consistente desde o estabelecimento, em 1992, das relações diplomáticas. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os dois países reúnem-se, regularmente, em vários domínios, com vista à realização de sessões de comissões mistas e de intercâmbio de alto nível.
As actividades das empresas sul-coreanas, no mercado angolano, incidem sobre os sectores da construção naval e de automóveis, máquinas agrícolas, produtos farmacêuticos e energias renováveis.
Em Novembro do ano passado, o Presidente da República, João Lourenço, manteve uma conversa, ao telefone, com o seu homólogo da Coreia do Sul, Yoon Suk-Yeol, durante a qual abordaram a necessidade do reforço das relações de amizade e cooperação entre os dois países.
No discurso da tomada de posse, como terceiro Presidente da República de Angola, em Setembro de 2017, João Lourenço nomeou a Coreia como um dos 12 principais parceiros de cooperação de Angola.
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