Política

Coreia do Sul pretende expandir cooperação na Comunicação Social

Mário Clemente

Jornalista

A Coreia do Sul pretende expandir a cooperação bilateral com Angola no domínio da Comunicação Social, anunciou, terça-feira, em Luanda, o embaixador daquele país asiático.

25/01/2023  Última atualização 07H15
Embaixador manteve encontro com o PCA da Edições Novembro © Fotografia por: Raimundo Mbiya | Edições Novembro
Kwang-Jin Choi avançou o facto durante uma visita às instalações do edifício sede da Edições Novembro, com o objectivo de reforçar a cooperação bilateral entre os dois países, que completou, recentemente, 30 anos, com acções nos vários domínios como o da Comunicação Social, Cultura, Economia, Agricultura, entre outros.

O embaixador Kwang-Jin Choi disse que abordou o assunto com o presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro EP, Drumond Jaime Mafuta, tendo aproveitado a ocasião para endereçar convite para que jornalistas angolanos possam visitar a Coreia e fazer coberturas sobre o estado de desenvolvimento do país.

De acordo com o embaixador sul-coreano, o seu país congratula-se com os 30 anos de estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais com Angola, e agora pretende expandir a cooperação bilateral, especialmente no campo da Comunicação Social. Por isso, decidiu fazer uma visita às instalações da Edições Novembro, a empresa proprietária do Jornal de Angola, dos Desportos, Economia e de outros títulos regionais.

Kwang-Jin Choi disse que um dos assuntos que abordou com o presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro foi a apresentação de um programa-convite para que jornalistas angolanos possam visitar a Coreia e fazer coberturas sobre o estado de desenvolvimento do seu país, e, por meio deste intercâmbio, expandir os conhecimentos que venham a contribuir para estabelecer troca de experiências entre profissionais angolanos e empresas sul-coreanas de Comunicação Social.

"Este ano, em primeiro lugar, pretendemos melhorar e expandir a cooperação bilateral no domínio da Comunicação Social e queremos contar com Angola no apoio à candidatura da Coreia para organizar a Expo-Mundial, em 2030, em Busan, o segundo ponto tem a ver com a realização da Cimeira Extraordinária de 2024 entre a Coreia e África. Pensamos que o Presidente João Lourenço tem uma imagem positiva sobre a Coreia do Sul e tem dispensado uma atenção especial para expandir a cooperação entre os dois países”, disse.

Ao sediar a Expo-Mundial 2030, em Busan, a Coreia pretende apresentar uma visão global para futuras mudanças de paradigma com o tema "Transformar o mundo em direcção a um futuro melhor”, englobando três subtemas, como planeta sustentável, tecnologia para a humanidade e plataforma para compartilhar e cuidar.

O embaixador sul-coreano em Angola avançou que o seu país já apresentou a carta de candidatura para organizar a Expo-Mundial 2030, em Busan, tendo referido que a Coreia tem uma abordagem para a questão da alteração climática e desigualdades regionais dos assuntos globais.

"Vamos compartilhar a nossa história, porque desde 1950 a Coreia do Sul virou um país que atingiu o décimo ranking da economia mundial, e vamos compartilhar as nossas experiências de desenvolvimento com os países em desenvolvimento, incluindo Angola”, referiu.

Destacou que, aquando da audiência com o Presidente João Lourenço, solicitou o apoio ao Governo angolano para a candidatura coreana em sediar a Expo, e "neste sentido gostaria de solicitar, também, que o Jornal de Angola apoie a divulgação da Expo-Mundial, em Busan, em 2030”.

No domínio das relações económicas, o diplomata sul-coreano apontou que as trocas comerciais entre os dois países aumentaram mais de 100 vezes, passando de 17,4 milhões de dólares norte-americanos para dois mil milhões, em 2015, e o investimento subiu cerca de 800 vezes, situando-se nos 87,4 milhões de dólares até 2021.

"Desde 2017, Angola teve uma recessão económica, mas com as medidas de reformas da economia iniciadas pelo Presidente João Lourenço, o país está a entrar numa nova etapa positiva e está a receber uma boa nota de avaliação de empresas internacionais, e neste sentido, vamos dar prioridade ao intercâmbio para se ter uma boa imagem entre os dois países”, frisou.

Disse ainda que devido à recessão económica em Angola várias empresas voltaram à Coreia e, actualmente, o país conta com 30 empresários sul-coreanos e 80 residentes permanentes. Em Angola, os investidores sul-coreanos actuam nas áreas da Agricultura, Pescas, Transportes Terrestres e Marítimos e, agora, querem apostar nas Energias Renováveis.

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