Trajados de branco, cor que simboliza a paz, as 50 crianças do coral infantil Kima Kietu agradeceram, quarta-feira, em Luanda, ao Soberano pelos 22 anos de Paz com o louvor “Aleluia”, num concerto produzido pelo Palácio de Ferro e realizado no mesmo espaço cultural.
O grupo que pertence à Casa da Cultura do Rangel Njinga Mbandi, brindou o público no primeiro bloco, onde incluíram o tema "Kima Kietu”, que dá nome ao projecto que significa "As Nossas Coisas”.
O alinhamento incidiu temas conhecidos como: "Mundengue Uami”, "Ciclo sem Fim”, "Ntoyo”, "Conte Partiro”, "Kudile” e fecharam com a rapsódia "Tata Nketu”. Antes de começar o segundo momento da actuação das crianças, o professor João Pinto, com a guitarra fez um improviso de alguns clássicos nacionais.
O segundo momento foi com o acompanhamento da banda, que ao som da música "Angola no Coração” retomou a exibição dos mais pequenos. Na sequência soltaram as vozes para interpretar os temas "Ave Maria”, "Humbi Humbi” e "Filhos de África”, esta última composição das Gingas do Maculusso.
No outro momento, o maestro convidou o tenor Emanuel Mendes para partilhar o palco com as crianças e interpretaram o clássico "Muxima”. O artista teve um merecido abraço dos pequenos no final da actuação.
Para encerrar a noite de concerto, o coral Kima Kietu exibiu ainda os temas "Se Uandala” e "Eme Pembe” deixando a assistência eufórica e com forte ovação pelo talento demonstrado pelos "filhos” da Patrícia Faria, mentora do projecto.
Em declarações ao Jornal de Angola, no fim do concerto, o membro do grupo coral Kima Kietu, Bernardo de Sousa disse que a participação no espectáculo é para si indescritível por ser a primeira vez a actuar e sentir uma conexão com o público. "Foi uma noite maravilhosa para mim. Desde pequeno que me apaixonei pela música, por isso agradeço à Casa da Cultura Njinga Mbande pela oportunidade concedida para a realização de um sonho”.
Agera Sebastião, membro do coral, realçou que o concerto foi agradável, por se sentir que conseguiram tocar no coração das pessoas através do talento e performance que exibiram em palco.
Mas para isso, frisou que "foi necessário ensaiar muito para poder tocar nas pessoas. Tivemos que aprender a cantar em línguas nacionais e estrangeiras, com realce para o kimbundo, umbundo, português e o inglês”. Partilhar o palco com o tenor, referiu, foi uma experiência única por ser um artista que domina o canto lírico.
A directora da Casa da Cultura Njinga Mbande, Patrícia Faria argumentou que se celebra mais um ano de paz, sobretudo para dar a oportunidade às crianças poderem cantar de forma harmoniosa e felizes. "Com a paz, as crianças têm a oportunidade de cantar, ter acesso à instrução e às artes.”
Patrícia Faria ressaltou que durante o espectáculo o coral Kima Kietu levou como propostas músicas do cancioneiro popular angolano, canções e louvores internacionais. "As crianças apresentam um guião musical que foi minuciosamente escolhido para que pudessem aprofundar mais sobre as raízes ancestrais, bem como as canções feitas a nível internacional. Desse jeito vão sentir-se adaptadas a todos os níveis e meios, mas sem perder a originalidade e a africanidade”.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO coreógrafo Pedro Vieira Dias “Mestre Petchú”, um dos grandes impulsionadores da dança kizomba no mundo, disse, domingo, em entrevista ao Jornal de Angola, que este estilo de dança tem estado a ganhar novamente o seu posto nos grandes festivais pelo mundo.
O governador Provincial de Luanda e coordenador do grupo de trabalho do processo de reforço da toponímia na província, Manuel Homem, apelou, esta segunda-feira, maior celeridade no processo de implementação de novos topónimos nas povoações, bairros, ruas e avenidas da capital.