Várias canções, que abordam o amor, paz e fraternidade, foram interpretadas, domingo, pelo Coral Independente, durante o concerto “Cantos da Paz”, realizado no Memorial Dr. Agostinho Neto, em Luanda.
Além de cantar músicas no estilo gospel, o grupo homenageou o cantor Justino Handanga pelo grande contributo prestado à cultura nacional, nomeadamente na preservação dos estilos musicais de raiz e na valorização das línguas nacionais.
Para o primeiro momento da tarde, num palco decorado com a Bandeira Nacional e panos samakaka de cor branca e vermelho, os integrantes do Coral, vestidos de branco e preto, começaram o espectáculo entoando em capela o Hino Nacional "Angola Avante”.
Para dar sequência, o grupo fez uma leitura do historial da independência, seguindo-se a interpretação do poema musicalizado de Agostinho Neto "Adeus à Hora da Largada”, que mereceu muitos aplausos dos espectadores.
No primeiro momento gospel, a cantora Kelita Varela subiu ao palco e interpretou com uma voz cristalina e potente a música "Seguro estou”, que encantou e deixou o público a reflectir, pela letra da música, e terminou a actuação com "A Mensagem da Cruz”.
De volta ao palco, e com trajes africanos, o Coral descalço deu sequência à festa, interpretando o título "Olonamba”, de Justino Handanga, que deixou o público cristão emocionado, por lembrar com nostalgia a grande figura nacional, que partiu para a eternidade.
Quando os ponteiros do relógio marcavam 17h00, o Coral interpretou a música "Umbi Umbi”, "Meninos do Huambo” e terminou o concerto com o tema "Mbiri Mbiri”, que mereceu vários aplausos. A actividade, que decorreu em alusão ao Dia da Paz, celebrado a 4 de Abril, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, juntou fiéis de diferentes denominações religiosas e vários músicos cristãos e não só.
À saída do auditório, o músico e investigador cultural Ndaka Yo Wiñi, que aplaudiu a organização, disse que o concerto foi um regresso nostálgico ao passado, lembrando vários músicos da praça nacional, como Rui Mingas e Justino Handanga, que muito recentemente passaram para uma outra dimensão e deixaram um legado memorável à cultura nacional.
"Foi gratificante ouvir as músicas, a banda e os músicos não fizeram apenas papel de canto, mas sim de memórias, que deixou o concerto muito mais atractivo”, disse.
Quanto aos ganhos da paz, o cantor disse que foi o ponto de partida para que se viva o amor e o respeito mútuo, sublinhando que trouxe o conceito de partilha e a liberdade de se partilhar, porque "a paz trouxe o reencontro entre famílias, e é uma garantia de sossego pessoal e colectivo”.
Monumental Gospel
O responsável da Monumental Gospel, Fungamesso Xalita, disse que a ideia do projecto era interpretar obras de diferentes autores nacionais com um vínculo à paz e à solidariedade social.
"O Palco Gospel é agora uma marca, por isso pretendemos fazer um interregno no Memorial para no dia 28 de Abril, no Cine Atlântico, oferecer um concerto só de mamãs e depois fazer o Ecos do Metodismo, nos dias 20 e 21, no Centro de Conferências de Belas”, disse.
Sobre o grupo
O Projecto Independente é um Coro Ecuménico formado por coristas de diferentes igrejas de Luanda. O Projecto, que vem desde 2020, foi criado inicialmente por Zelmo Congo, com ajuda do irmão, Mister Bandeira, que na altura preparavam canções para o Dia da Independência.
Com o objectivo de interpretar algumas canções gospel e patrióticas, o grupo, composto por 14 elementos, já participou em vários eventos, como seminários, palestras, assim como concertos musicais com grandes figuras da praça nacional.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO coreógrafo Pedro Vieira Dias “Mestre Petchú”, um dos grandes impulsionadores da dança kizomba no mundo, disse, domingo, em entrevista ao Jornal de Angola, que este estilo de dança tem estado a ganhar novamente o seu posto nos grandes festivais pelo mundo.
O governador Provincial de Luanda e coordenador do grupo de trabalho do processo de reforço da toponímia na província, Manuel Homem, apelou, esta segunda-feira, maior celeridade no processo de implementação de novos topónimos nas povoações, bairros, ruas e avenidas da capital.