Economia

Consumidores aumentam queixas por mau serviço

Ana Paulo

Jornalista

O sector bancário tem sido nos últimos anos, o mais reclamado pelos cidadãos devido a má qualidade de serviços que prestam aos consumidores.

15/02/2021  Última atualização 15H25
Morosidade na informação tem sido recorrente em várias instituições financeiras bancárias © Fotografia por: DR
A constatação foi feita pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), ao registar em 2020, mais de 60 reclamações relacionadas aos serviços bancários.
A instituição registou as ocorrências por via de denúncias e reclamações recebidas, pela direcção de consumidores que se sentem desiludidos e insatisfeitos com os serviços bancários.

Segundo o director adjunto do INADEC, Wassamba Neto, o mau atendimento, as violação do direito à informação, movimento ou retirada de valores da conta do consumidor sem o seu consentimento, são as principais reclamações.
A morosidade na disponibilização de divisas mesmo com os requisitos necessários, créditos bancários com taxas de juros sem contrapartida, lentidão na resolução das reclamações de riscos e a não responsabilidade dos bancos sempre que o consumidor sofre uma fraude no uso do serviços por meio todo sistema, "net banking”, são dos principais constrangimentos vividos pelos consumidores.

Wassamba Neto disse que os processos das reclamações apresentadas pelos consumidores foram remetidos ao Departamento de Conduta Financeira do Banco Nacional de Angola (BNA), onde até ao momento não obtiveram resposta.
"A falta de protocolo entre o INADEC e o BNA tem dificultado na celeridade , comprometimento e soluções das reclamações”, sublinhou Wassamba Neto acrescentando que, o INADEC remete o processo que a posterior fica em livre arbítrio.

Não obstante estes aspectos, por intermédio da Lei nº 15/03 de 22 de Julho, a Lei de Defesa do Consumidor que estabelece princípios gerais e políticas de defesa do consumidor permite que o INADEC remeta o processo ao BNA.
Para melhor resolução dos constrangimentos vividos sector bancário, o Banco Mundial, por intermédio de uma reunião realizada recentemente com o banco regulador e o instituto de defesa do consumidor, aconselhou as duas instituições a estabelecerem um protocolo de cooperação para garantir a protecção efectiva dos direitos dos consumidores.

Segundo Wassamba Neto, que participou no encontro, o Banco Mundial incentivou  ainda o INADEC a fazer um levantamento a nível das zonas rurais, das principais dificuldades vividas pelos consumidores, sobretudo, a acessibilidade à internet, entre outros elementos necessários para facilitar as operações bancárias nestas zonas, para minimizar os custos.

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