Sociedade

Consultas “online” reduzem enchentes

Alberto Quiluta

Jornalista

O lançamento da plataforma digital de humanização hospitalar e extra hospitalar, na manhã de quarta-feira, em Luanda, vai reduzir as enchentes nos hospitais da capital, inicialmente, assim como das demais províncias, garantiu, na ocasião, o director do Gabinete de Ética e Humanização do Ministério da Saúde, Gervásio Pucuta.

01/05/2021  Última atualização 13H25
Estão a ser criadas as condições para que não se registe muita enchente nos hospitais © Fotografia por: Joâo Gomes | Edições Novembro
Ao intervir na cerimónia de apresentação do programa de "humanização extra-hospitalar, determinantes sociais e o mapeamento das unidades sanitárias”, Gervásio Pucuta realçou que o problema da humanização e determinantes sociais na saúde "não é só um assunto dos hospitais, mas de todos”.

O responsável destacou a falta de saneamento básico, bem como de água canalizada, como empecilhos, mas garantiu que, com o lançamento da plataforma digital de humanização hospitalar e extra hospitalar, a aglomeração de pacientes nos hospitais, a nível da província de Luanda, onde as consultas poderão ser no formato online, tem os dias contados.
"A plataforma digital estará disponível inicialmente na capital e, dentro de seis meses, poderá estar nas outras províncias do país”, disse.

Gervásio Pucuta lembrou que, nesse sistema, a comunidade poderá evitar deslocações aos hospitais de referência, podendo marcar as consultas por via de um smartphone. "As equipas estão a trabalhar para a efectivação do aplicativo nas outras províncias”.
Para o director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Varela, a criação dos gabinetes do utente, da área social, de biossegurança, higiene e saúde, assim como segurança no trabalho garantem uma melhor humanização nas unidades sanitárias.
 "A política de humanização da saúde tem como objectivo apoiar os esforços do Executivo, através dos diversos sectores e da colaboração de parceiros, na criação de literacia em saúde e na promoção do valor à vida e ao estilo saudável no seio das populações”, disse.

Manuel Varela informou ser importante diminuir as taxas de mortalidade materno-infantil e melhorar o atendimento aos pacientes que chegam às unidades sanitárias.
Destacou a importância de se fazerem funcionar as unidades hospitalares de referência de níveis primários, por serem a base. Manuel Varela defende, também, o aumento da longevidade e a  educação da população na prevenção das doenças endémicas e epidémicas, de forma a que o país atinja uma cobertura universal, sem deixar ninguém de fora do sistema de saúde.

O responsável pediu aos especialistas melhor comunicação entre as unidades sanitárias, desde as primárias às secundárias e às de referência, de especialidade, para que trabalhem em conjunto e saibam como e quando se pode transferir um paciente. "Daí poderemos evitar os constrangimentos que se registam nas unidades sanitárias”.
A psicóloga clínica Adélia Pazito defende ser preciso humanizar as unidades sanitárias da capital com infra-estruturas organizadas, recursos humanos capacitados em diversas especialidades e material gastável, para que os pacientes sejam bem atendidos.

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