Os prazos contratuais apontam para 19 meses e o valor da obra está acima de um bilhão e meio de kwanzas. O ministro avançou que, apesar de se falar apenas da ravina do Nhama, esta acção marca a abertura de trabalhos de estancamento de quatro outras, nesta primeira fase, nomeadamente, nos bairros Candembe, Camahundu e Luavur, de um processo que abrange 11 em estado emergencial no município sede.

Trabalhos do género, de acordo com o ministro, serão igualmente feitos no interior dos municípios de Cacolo, Dala e Muconda, segundo o processo de um programa aprovado pelo Presidente da República, para intervencionar um total de 742 ravinas ao nível do país, 54 das quais na província da Lunda-Sul.

Este acto, acrescentou, visa "resolver, de uma vez por todas, o grave problema que coloca em perigo imponentes infra-estruturas público-privadas e a vida de quem aqui reside”. Para a concretização destas empreitadas na província, o governante avançou que estão disponibilizados pelo Ministério das Finanças um valor na ordem dos 15 mil milhões de kwanzas.

Sobre o estado da Estrada Nacional EN 230, que liga Saurimo/Malanje, o ministro, depois de percorrer a região por terra, manifestou um alívio, fruto dos trabalhos em curso. Alguma preocupação do governante em relação às obras prende-se com o troço crítico do rio Lui a Xamuteba, na Lunda-Norte: "Mas já se consegue ter uma circulação em condições razoáveis na via. Até Julho deste ano, prazos contratuais, prevê-se o fim da empreitada”.

Na 180, estrada que liga Saurimo ao município do Dala, os trabalhos continuam no curso normal, apesar dos constrangimentos causados pelas recorrentes chuvas. Para esta obra, o ministro não deu garantias sobre a data do término da empreitada.

O governador da província Daniel Neto, ao tomar a palavra para tranquilizar os moradores daquele bairro que viram grande número de famílias abandonarem a zona pelo nível de insegurança, principalmente quando chove, disse que a obra proporciona oportunidades de trabalho aos jovens da zona afectada.

Além do processo de estancamento da ravina do Nhama, frisou que, em breve, vai iniciar no bairro o projecto de intervenção de 10 quilómetros de ruas de acesso para garantir maior dignidade à zona, onde estão instalados importantes serviços sociais da província.

O documento do auto de consignação da empreitada foi assinado pelos representantes do Executivo, Carlos da Rocha, e da empresa Sete Cunhas, António Cunhas.

Para o coordenador do bairro Nhama, Adão Simão, é um alívio e satisfação para os mais de quatro mil moradores, antes inseguros pela velocidade progressiva da ravina, que coloca em causa a destruição de vários serviços sociais, principalmente, de energia e da escola.