Opinião

Confirmação do bom momento económico

Em retribuição à visita do Presidente da Itália, Sergio Mattarella, a Angola, realizada em 2019, o Presidente João Lourenço deslocou-se à Itália para uma visita de Estado nos dias 23 e 24 de Maio de 2023.

27/05/2023  Última atualização 06H50

Para além de reforçar as relações entre os dois países, a visita de João Lourenço teve também como objectivo  atrair capital estrangeiro para financiar ou investir em Angola, alargando a carteira do Investimento Directo Estrangeiro no país.

Com uma anotação financeira positiva consolidada, variando apenas em dependência da agência, desde os meados do 2022 que Angola granjeia mais simpatia de vários mercados financeiros no mundo, e atrai muitos países e empresas que manifestam interesse em investir em Angola . A actual posição financeira de Angola, com uma dívida pública controlada e inflação estável, faz com que tenha melhores condições para garantir o pagamento das suas dívidas, e em consequência os financiamentos recebidos sejam feitos com taxas de juro menos severas, e que haja mais fundos disponíveis para se solicitar.

A visita do Chefe de Estado angolano veio confirmar o bom momento económico e financeiro que o país atravessa, pois, o Governo italiano manifestou, tal como muitos outros países, disponibilidade, tanto em financiar certos projectos, assim como para investir em alguns sectores produtivos em Angola.

Sendo o primeiro país ocidental que reconheceu a Independência de Angola, a Itália tem como "embaixadora” a empresa ENI (ex AGIP), que actua no sector petrolífero angolano desde 1980. Para além de financiar projectos no sector do petróleo e gás, aquele país europeu tem financiado também os sectores científico, cultural e educacional.

Da sua carteira de grandes  investimentos constam também interesses económicos do sector produtivo, tais como a extracção de minérios do ferro, e de pedras ornamentais, no Sul do país.

O que se espera é que An-gola continue a implementar uma política económica e financeira parcimoniosa, o que, apesar das oscilações no sector do petróleo, que constitui a maior fonte de receita do país, poderá se manter estável a onda financeira positiva que o país atravessa, e continuar com os programas que integram o pacote da diversificação da economia em curso.


Paulo dos Santos *

*Economista e professor universitário

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