Economia

Confiança dos consumidores regista recuo pelo segundo mês

O indicador de confiança dos consumidores da zona euro e da União Europeia (UE) voltou a cair em Setembro, pelo segundo mês consecutivo, continuando abaixo da média a longo prazo, divulgou, ontem, a Comissão Europeia.

23/09/2023  Última atualização 13H00
© Fotografia por: DR

Uma estimativa provisória,  publicada pela Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, indica que, em Setembro, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu, pelo segundo mês consecutivo, tanto na UE - menos 1,6 pontos percentuais - como na área do euro - menos 1,8 pontos percentuais.

"Com um valor de -18,7 pontos percentuais na UE e de -17,8 pontos percentuais na zona euro, a confiança dos consumidores voltou a descer abaixo da sua média de longo prazo”, adiantam os serviços do executivo comunitário.

Estes são dados divulgados todos os meses pela Comissão Europeia e têm por base inquéritos feitos aos consumidores.

O indicador de confiança dos consumidores deste mês é calculado com base em dados de inquéritos feitos em 25 países da UE - excepto a Irlanda e a Roménia -, entre 1 e 20 de Setembro, abrangendo 97 por cento no conjunto da União e 98 na área do euro do total das despesas de consumo final privado.

Em meados deste mês, a Comissão Europeia divulgou inclusive que a actividade económica muito fraca e o fraco consumo dos últimos meses na zona euro e UE, cenário que deverá manter-se, levou à revisão em baixa das projecções para crescimento económico em 2024, para 1,3 e 1,4 por cento.

Nas previsões económicas, o executivo comunitário passou então a prever um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8 por cento este ano na área da moeda única e no conjunto da UE e de 1,3 e 1,4 por cento, respectivamente, no próximo ano.

Estas percentagens comparam com projecções de 1,1 por cento para zona euro e 1 para UE em 2023 e de 1,6 e 1,7 por cento, respectivamente, em 2024, de acordo com o que havia sido previsto nas previsões de primavera, divulgadas em Maio passado. "A economia da UE continua a mostrar resistência face aos choques formidáveis que sofreu nos últimos anos, mas perdeu dinamismo. A actividade económica na UE foi muito fraca no primeiro semestre de 2023", contextualizou a instituição.

Em causa está o cenário de tímido crescimento  e de fraco consumo perante uma descida mais lenta da inflação e uma apertada política monetária.

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