A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
A concessionária do Porto de Maputo prevê investir, nos próximos três anos, 600 milhões de dólares na expansão da infra-estrutura portuária, a primeira fase de investimento na adenda ao contrato de concessão, até 2058. Em entrevista à agência Lusa, o director executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), Osório Lucas, explicou que essa primeira fase vai aumentar a capacidade do terminal de contentores, dos actuais 170.000 para 530.000 em três anos
"É um aumento de quase 90% . E vai aumentar, também, a capacidade do Terminal de Carvão da Matola, de sete milhões [mtpa] para 12 milhões. E a nossa capacidade na carga geral vai subir de 10 milhões [mtpa] para 13 milhões, na fase 1, que estará concluída nos próximos três anos", detalhou. Estes investimentos estão prontos a avançar, logo após a assinatura da adenda ao contrato de concessão, aprovada a 23 de Janeiro último pelo Conselho de Ministros, e que implicam mobilizar nos três primeiros anos 600 milhões de dólares: "Este é outro factor interessante. A adenda ao contrato de concessão estabelece uma obrigatoriedade de investir neste intervalo de três anos e fazer a primeira fase de investimento. Não é uma opção, nós temos a obrigatoriedade de o fazer".
A concessionária do Porto de Maputo prevê duplicar o volume de carga movimentada anualmente até 2058, com a extensão do contrato e investimentos globais, nesse período, de 2.060 milhões de dólares. A MPDC prevê passar de um volume manuseado de carga de 26,7 mtpa (milhões de toneladas por ano) em 2023 para 50,9 mtpa em 2058, no final do período desta nova prorrogação do contrato, de mais 25 anos (a contar de 2033). Estima, igualmente, até 2058, o aumento da capacidade operacional dos actuais 37 mtpa para 54 mtpa e da capacidade do terminal, de 270 para um milhão de contentores, a expansão do Terminal de Carvão da Matola, de 7,5 para 18 mtpa e do Terminal de Carga Geral, de 9,2 para 13,6 mtpa.
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