Política

Comissão de Protecção Civil traça plano para minimizar danos

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

O coordenador do secretariado executivo da Comissão Multissectorial de Protecção Civil, Manuel Lutango, alertou, terça-feira, em Luanda, para os automobilistas evitarem circular na Estrada Nacional nº 100, concretamente na zona do rio Longa, no sentido de acautelar danos maiores ou irreparáveis.

10/04/2024  Última atualização 10H15
Ministro de Estado Francisco Furtado coordena a comissão © Fotografia por: Arsénio Bravo| Edições Novembro

O responsável falava durante uma reunião da Comissão Multissectorial de Protecção Civil, que serviu para traçar um plano de contigência. O encontro, orientado pelo seu coordenador, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, serviu para avaliar as situações de emergência causadas pelas chuvas e inundações que se têm registado, nos últimos dias, nas províncias de Benguela, Cuanza-Sul e Luanda.

No Cuanza-Sul, as cheias afectaram a Estrada Nacional n.° 100, concretamente na zona do rio Longa, que afectaram a ponte e dificultam a circulação rodoviária.

Manuel Lutango apontou ainda as condições das infra-estruturas da Barragem da Quiminha, que está a atingir os níveis mais altos de retenção das águas, sendo uma situação preocupante, porque, em breve, haverá necessidade para abertura das comportas, para aliviar a pressão que ressente.

Se não for feita a abertura das comportas com urgência, alertou, poderá haver danos piores, causando inundações em muitos bairros das proximidades.

Uma das soluções, disse, passa pela abertura parcial das comportas, mas, segundo Manuel Lutango, não se descarta a probabilidade de inundações, que podem colocar em perigo cerca de 83 hectares de lavras, assim como algumas residências.

Foi por esta razão que a Comissão Nacional de Protecção Civil se reuniu, depois de algumas constatações feitas pelas comissões locais, que antepadamente alertaram sobre a situação.

Manuel Lutango disse ser preciso fazer um levantamento mais profundo antes da abertura das comportas e sensibilizar os moradores das zonas que podem ser afectadas, no sentido de evitar desastres. "Existem três planos para pôr em acção, nomeadamente de âmbito estratégico, contingência em que são previstas medidas sectoriais para se dar resposta e o de emergência para situações pontuais”, esclareceu.

Segundo o comissário, até ao momento, os danos causados na zona do rio Longa ainda não estão definidos, havendo apenas registos de algumas infra-estruturas públicas, como escolas e residências, assim como de viaturas. Disse haver áreas em que ainda não foram observadas medidas de segurança. "Os cidadãos insistem em circular por cima da água corrente, sendo que deviam esperar o período mais apropriado para o efeito”, lamentou, antes de apelar aos automobilistas no sentido de acataram os conselhos das autoridades.

Manuel Lutango afirmou que não existe uma data definida para a abertura da Estrada Nacional 100, devido às águas do rio que têm alternado. Avisou que caso haja mais chuvas, a situação pode prolongar-se. As rotas traçadas para melhor circulação das viaturas na Estrada Nacional nº 100 vão ser definidas brevemente, garantiu.

Em relação às viaturas danificadas pelas águas, esclareceu que foram resgatadas pelas Forças de Segurança e com ajuda de pessoas individuais, mas sem danos ainda por definir.

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