A Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), na província do Cuando Cubango, prevê plantar até ao final deste ano cerca de dois milhões de mudas de eucaliptos para garantir o aumento de tecido de carvão e, consequentemente, do ferro gusa, revelou o director-geral de produção da empresa.
O Dubai vai começar a construir novos terminais no Aeroporto Internacional Al Maktoum, para convertê-lo no maior do mundo, com capacidade para mais de 260 milhões de passageiros, um projeto avaliado em cerca de 33.000 milhões de dólares.
O volume de negócios entre Angola e a Austrália, nos últimos quatro anos, está calculado em cerca de 200 milhões de dólares, dominado pelo sector mineiro.
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Austrália.
Divaldo dos Santos apresentou estes indicadores na 1ª Conferência Anual da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Austrália. Na ocasião, realçou que o valor de investimento está ainda aquém do desejado, constituindo um desafio da Câmara, com apoio do Governo angolano, reforçar as parcerias em novas áreas de investimentos.
De acordo com Divaldo dos Santos, a Austrália tem maior investimento no sector mineiro. A estratégia é unir os dois países para a diversificação nos sectores prioritários.
Fez saber que após um encontro com a embaixadora da Austrália, realizada este mês, ficou acordado que em Outubro vem a Angola uma delegação com vários empresários, para acerto do que será o investimento australiano no país em outros sectores.
O presidente da Câmara apontou a falta de Embaixada (residência permanente) e a questão do visto como um dos grandes desafios para melhorar o ambiente de negócios entre os dois países.
"Ter a Embaixada aqui seria uma mais-valia, para que os empresários pudessem circular à vontade sem nenhum tipo de barreira”, disse.
A Câmara controla, actualmente, 30 empresas, com maior foco no sector mineiro e, segundo avançou, a Austrália pretende investir em Angola nos sectores da Agricultura, Transportes, Aviação e Saúde.
Ana Paulo
Novos projectos vão dinamizar os negócios
O secretário de Estado da Indústria e Comércio, Amadeu Nunes, destacou, ontem, em Luanda, que as parcerias traçadas entre empresas angolanas e australianas são de extrema importância para o desenvolvimento de novos projectos e negócios, sobretudo, no aumento do fluxo de investimento entre os dois países.
Amadeu Nunes Júnior, que proferiu o discurso de abertura na 1ª conferência anual da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Austrália, realçou a constituição da Câmara como crucial para um maior impulso aos empresários angolanos, no que toca às oportunidades de negócios, intenções de investimentos, bem como proteger melhor o investimento dos parceiros.
Propiciar parcerias certas para desenvolver com segurança e transparência os negócios, é também para Amadeu Nunes um dos principais focos a se ter com o desenvolvimento da Câmara, já que, com a nova Lei de Investimento Privado, o investidor em Angola goza de maior protecção e garantias do Estado, além de liberalizar o investimento sem montantes mínimos ou a obrigação de um sócio angolano.
Ainda neste quadro, reforçou o secretário de Estado para a Indústria e Comércio, foi criada a Agência de Investimento e Promoção das Exportações, que além de estar vocacionada fortemente para a promoção e captação de investimentos, também tem a grande tarefa de fomentar as exportações angolanas, facilitando a inserção de marcas e produtos nacionais no mercado internacional.
Por outro lado, Amadeu Nunes fez saber que o país viabilizou a criação de várias câmaras de comércio, envolvendo empresas privadas nacionais e estrangeiras associadas, que servem como pontes para a maximização das vantagens recíprocas e aproximação dos empresários, actores que ajudam os Estados a reforçar os laços económicos e comerciais e contribuem decisivamente para aumentar a eficiência das empresas e o bem-estar das famílias.
"O Executivo lançou-se a um vasto programa de reformas políticas, económicas e sociais para melhorar o ambiente de negócios e atrair investimento privado, um acto louvável para a dinamização do comércio no país”, reconheceu.
Amadeu Nunes destacou que a Câmara de Comércio e Indústria de Angola irá cooperar com as autoridades nacionais, no desenvolvimento de um ambiente de negócios mutuamente vantajoso.
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