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Coligação no poder vence eleições legislativas no Benin

A coligação de poder no Benin foi reeleita, alcançando 81 lugares no Parlamento, anunciou esta sexta-feira o Tribunal Constitucional, acrescentado que a oposição conseguiu 28 lugares, após a divulgação dos resultados finais das eleições de domingo, um resultado contestado pela oposição que já fala na existência de “fraude”.

14/01/2023  Última atualização 06H10
T. Constitucional anunciou a vitória dos partidos no Governo © Fotografia por: DR
A coligação formada pelos partidos União Progressista pela Renovação (UPR) e Bloco Republicano (BR) conseguiram 37,56% (53 deputados) e 29,23% (28 deputados) dos votos, respectivamente, de acordo com os números divulgados hoje pelo Tribunal Constitucional do Benin.

O Partido Democrata (LD), principal formação política da oposição, conseguiu 24,16% dos votos, elegendo 28 deputados.  Outros partidos da oposição minoritários que participaram nas legislativas de domingo passado não conseguiram os votos suficientes para se fazerem representar no Parlamento constituído por 109 deputados.

Os resultados provisórios já tinham sido antecipados na quarta-feira, tendo o líder da oposição (LD), Eric Houndété, demonstrado "surpresa ".O LD recusa a contagem que não reflecte a vontade do povo para fazer do nosso partido a primeira força política do Benin", disse Houndété num comunicado difundido na quinta-feira à noite, onde também alegou a existência de fraude eleitoral.

As eleições de domingo passado, realizadas pacificamente, serviram como um teste decisivo para este pequeno país da África Ocidental, outrora visto como um modelo de democracia. Talon, empresário, foi eleito Presidente em 2016 e reeleito em 2021. Enquanto os seus partidários consideram que promoveu o desenvolvimento económico, a oposição diz que atrapalhou a democracia, com os seus principais opositores presos ou forçados ao exílio.

Uma missão de observação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) determinou que a votação decorreu de forma pacífica e de acordo com as regras em vigor.  As anteriores eleições legislativas, realizadas em 2019, ficaram marcadas pela violência, um grande nível de abstenção e um encerramento total da Internet, o que é raro no Benin. Nessas eleições, a oposição não tinha podido participar nas eleições devido a um endurecimento das regras do escrutínio e apenas dois partidos do campo presidencial foram autorizados a ir às urnas, resultando num parlamento que era inteiramente favorável a Patrice Talon.

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