A colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano” estreou-se quarta-feira na Feira do Livro e da Cultura (FemuLivro 2023), que decorre até domingo, na Zona Verde, frente à Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, por iniciativa da “Castelo Edições”.
A colectânea de Maurício Francisco Caetano "Mafrano” retrata hábitos e costumes autóctones observados pelo autor em várias localidades de Angola, como Cabinda, Uíge, Malanje, Cuanza-Norte e Dembos, onde este desenvolveu estudos comparativos entre as lendas destes povos e as lendas greco-romanas, que mostram, segundo ele,"caminhos para a melhor compreensão da Antropologia Cultural Bantu, quer pelo conhecimento da sua língua, quer pelo conhecimento da sua psicologia e quer ainda pelo conhecimento das suas fábulas, História e Filosofia”.
O primeiro volume da edição angolana contém 212 páginas e é prefaciado pelo arcebispo emérito do Lubango e prémio Sakharov 2001, Dom Zacarias Kamwenho, que considerou o autor como "o antropólogo maior de Angola”.
O segundo volume da colectânea tem 256 páginas e o terceiro está em fase de conclusão, prevendo-se o seu lançamento em 2024.
Maurício Caetano, que faleceu aos 25 de Julho de 1982, foi director nacional de Impostos do Ministério das Finanças, e membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA). Destacou-se igualmente como professor em vários estabelecimentos de ensino.
O autor deixou como legado trabalhos dispersos em vários jornais e revistas, com ênfase para os jornais "O Apostolado”, "Angola Norte”, "O Angolense”, a Revista Angola da Liga Nacional Africana e o "Boletim de Finanças”. O seu vasto espólio literário está agora a ser compilado nesta colectânea com mais de 700 páginas, que inclui rubricas como "Crónicas ligeiras”, "Notas a lápis”, "Episódios Vividos”, "Tertúlias”, antropologia cultural, contos e textos lidos na "Rádio Ecclésia de Angola”, a Emissora Católica.
Maurício Caetano teve como tutor um sacerdote santomense, cónego José Pereira da Costa Frotta (1879-1954), que o recolheu na Escola da Missão Católica do Dondo, Cuanza-Norte, então órfão, e o levou posteriormente para o Seminário de Luanda, a capital de Angola, onde completou os estudos.
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