"A manutenção das taxas de juro em níveis restritivos reduzirá a inflação ao longo tempo ao conter a demanda e também protegerá contra o risco de um aumento persistente das expectativas de inflação. De qualquer forma, as decisões futuras sobre as taxas de juro oficiais do Conselho de Governo continuarão a depender de dados e seguirá uma abordagem reunião a reunião", acrescentou a presidente do BCE.

"O Conselho do BCE manterá o curso aumentando significativamente as taxas de jurs em um ritmo constante e mantendo-as em níveis suficientemente restritivos para garantir um retorno oportuno da inflação à sua meta de médio prazo de 2 por cento", destaca o comunicado da instituição. A guerra na Ucrânia e a alta inflação fazem o BCE esperar uma economia mais fraca nos próximos meses, explicou Lagarde.

Conforme refere o comunicado da agência, o Conselho do BCE decidiu também as modalidades de redução das detenções de títulos do Eurosistema no âmbito do Programa de Compra de Activos (APP). Conforme comunicado em Dezembro, a carteira de PPP diminuirá em média 15 mil milhões de euros por mês desde o início de Março até ao final de Junho de 2023, com o subsequente ritmo de redução da carteira a ser determinado ao longo do tempo. Os rollovers parciais serão feitos amplamente de acordo com a prática actual.

Além disso, o Conselho do BCE pretende reinvestir os principais pagamentos dos títulos adquiridos no âmbito do programa com vencimentos pelo menos até o final de 2024. Em qualquer caso, o futuro roll-off da carteira do PEPP será gerido para evitar interferências na postura adequada da política monetária.

O Conselho do BCE continuará a flexibilizar o reinvestimento das amortizações vencidas na carteira do PEPP, de forma a contrariar os riscos do MPT relacionados com a pandemia. Uma vez que os bancos estão a reembolsar montantes emprestados ao abrigo de operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas, o Conselho do BCE avaliará regularmente de que forma as operações de empréstimo direccionadas estão a contribuir para a orientação da sua política monetária.