Política

China defende maior promoção da paz nas questões regionais e internacionais

Garrido Fragoso

A China pretende dar maior impulso às relações de cooperação com Angola no quadro da nova conjuntura internacional, com vista à promoção da paz e estabilidade nos assuntos regionais e internacionais, anunciou, segunda-feira, em Luanda, o embaixador do gigante asiático no país, Gong Tao, no final da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.

16/05/2023  Última atualização 08H17
O Chefe de Estado, João Lourenço, trocou impressões com o embaixador chinês sobre vários assuntos de interesse comum © Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro

"Vamos continuar a manter contactos ao mais alto nível para a consolidação das nossas relações políticas para obtermos, cada vez mais, resultados frutíferos nos domínios do comércio e investimentos”, declarou o diplomata chinês aos jornalistas, salientando que a China pretende juntar esforços com Angola no sentido de ajudar os parceiros internacionais na resolução pacífica dos conflitos.

Com o Chefe de Estado, o diplomata disse ter abordado, também,  as relações bilaterais, que "se encontram num bom período de desenvolvimento”, numa altura em que Angola e a China comemoram o 44º aniversário do estabelecimento das relações de cooperação.

O diplomata referiu, ainda, que avaliou com  o Presidente João Lourenço o estado de execução das obras em curso no país, implementadas com financiamento chinês, nomeadamente do novo Aeroporto Internacional de Luanda, da Central Hidroeléctrica de Caculo Cabaça (Cuanza-Norte) e do Porto de Caio (Cabinda). "Temos interesse e vontade de assegurar financiamentos destas obras, para que as mesmas sejam concluídas no tempo previsto e contribuam para o rápido crescimento económico e social de Angola”, afirmou. Gong Tao disse ter ouvido considerações do Presidente João Lourenço sobre a importância da diversificação da economia angolana e o lançamento, nos próximos tempos, de novos projectos, no quadro do Programa de Desenvolvimento Nacional, que, segundo afirmou, "procuraremos avaliar”.

O diplomata chinês referiu, a propósito, que a China estuda, com as autoridades angolanas, a possibilidade da realização, no decurso deste ano, da segunda edição da Comissão Mista. Referiu que a ocasião deverá ser aproveitada para avaliação de novas possibilidades de cooperação, não apenas no domínio de financiamentos, mas também de investimentos e formação de quadros.

 

Trocas comerciais

O embaixador da China em Angola revelou que as trocas comerciais bilaterais atingiram, no ano passado, 207 mil milhões de dólares, realçando o desejo do Governo do seu país ver, cada vez mais, diversificadas as mercadorias que sustentam o volume de negócios bilaterais, como forma de também potencializar as capacidades angolanas de exportação para o gigante asiático.

Angola é o segundo maior parceiro comercial da China no continente africano, depois da África do Sul, lembrou o diplomata, acrescentando que a China continua a ser o maior parceiro comercial de Angola dos últimos 15 anos.

Gong Tao referiu, ainda, que o seu país está interessado em celebrar acordos com Angola nos sectores da Agricultura e Pescas, acrescentando que a China já iniciou grandes investimentos em fazendas espalhadas pelo território angolano, que, nessa altura, já oferecem "boas colheitas”.

Para o diplomata, Angola terá um "futuro brilhante” no sector da Agricultura, antevendo o interesse neste sector não só do Governo de Pequim, como de outros parceiros internacionais e regionais.

Na sequência do levantamento das restrições causadas pela pandemia da Covid-19, o diplomata chinês disse que nos últimos tempos grupos de empresários chineses visitam com frequência Angola, no intuito de investirem no comércio, ao mesmo tempo que anunciou que Angola foi convidada para participar na 3ª edição da Feira de Comércio e Investimento China-África, que decorrerá no final de Junho próximo, na província chinesa de Hunan.

Para o embaixador, o evento deverá ser aproveitado para os empresários angolanos mostrarem aos pares  chineses, novas oportunidades de negócios e investimento que se abrem em Angola, em vários sectores.

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