Economia

China cresce ao segundo menor ritmo dos últimos 40 anos

O ritmo de crescimento da economia chinesa caiu para o segundo nível mais baixo em pelo menos quatro décadas, no ano passado, reflectindo o impacto da política de ‘zero Covid’ e uma crise no sector imobiliário.

18/01/2023  Última atualização 09H41
© Fotografia por: DR

Dados divulgados, recentemente, pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) sugerem, no entanto, que a actividade económica está a recuperar, depois de Pequim ter posto fim às medidas de prevenção epidémica, que resultaram no bloqueio de cidades inteiras, culminando com protestos em larga escala.

Trata-se da taxa de crescimento económico mais baixa desde pelo menos a década de 70. Em 2020, no início da pandemia da Covid-19, o país asiático cresceu 2,4 por cento, devido à imposição de bloqueios em várias partes do país, após o vírus ter sido detectado na cidade de Wuhan, no Centro do país.

O consumo está a recuperar depois de o Partido Comunista Chinês (PCC) ter posto subitamente fim à política de ‘zero casos’ de Covid-19, em Dezembro passado.

No entanto, os consumidores continuam cautelosos à medida que a China lida com uma vaga de casos sem precedentes, que causou uma crise de saúde pública no país. As autoridades dizem que o pico dessa vaga parece ter passado.

 

Impacto em países como Angola

O abrandamento da economia chinesa tem forte impacto no mercado das matérias-primas, em países como Angola ou Brasil, ao reduzir a procura por petróleo, minério de ferro e bens agrícolas. O impacto é também sentido pelas economias mais desenvolvidas, já que a China é um dos maiores mercados do mundo para automóveis e outros bens com valor acrescentado.

Uma recuperação da economia chinesa constituiria um impulso para fornecedores globais que enfrentam um risco crescente de recessão nas economias ocidentais.

Consequentemente, o Banco Mundial reduziu este mês a perspectiva de crescimento da China para 4,3 por cento, face à previsão de 5,2 por cento, publicada em Junho passado, contrariando a posição do banco norte-americano que elevou a perspectiva de crescimento da economia chinesa este ano de 4,5 para 5,2 por cento.

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