Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) reúnem-se hoje e domingo em Berlim para coordenar a resposta à guerra na Ucrânia, quando se discute a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança.
Presidida pelo vice-secretário-geral da OTAN, Mircea Geoana, a reunião informal inicia-se pelas 17:00 (hora local, menos uma em Angola), com a chegada dos ministros, estando previsto para as 19:00 um jantar informal de trabalho do Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de decisão política da organização, com os chefes da diplomacia da Finlândia e da Suécia.
No domingo, estão previstos encontros informais do Conselho do Atlântico Norte.
Portugal estará representado na ocasião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que na sexta-feira esteve em Helsínquia para se reunir com o seu homólogo finlandês, Pekka Haavisto, para debater a adesão da Finlândia à OTAN.
"Os responsáveis da política externa da Aliança Atlântica irão, entre outros temas, discutir questões relacionadas com eventuais novas adesões à organização e fazer ponto de situação relativo à invasão da Ucrânia pela Rússia. A preparação da Cimeira de Madrid [a decorrer no final de junho] também faz parte da agenda da ministerial", indicou uma nota emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual também dá conta que Gomes Cravinho manterá algumas reuniões bilaterais.
Na véspera da reunião na capital alemã, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou-se desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na OTAN, por acolherem militantes curdos que a Turquia considera como terroristas.
Foi a primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados a propósito desta matéria.
Na sexta-feira, em Helsínquia, os chefes da diplomacia da Finlândia e de Portugal, Pekka Haavisto e João Gomes Cravinho, manifestaram a sua convicção sobre a adesão do país nórdico e da vizinha Suécia à OTAN, numa conferência de imprensa dominada pela ameaça pela Turquia de bloquear o processo.
Na sequência da guerra na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia iniciaram um debate sobre a adesão à OTAN, que, a concretizar-se, significará o abandono da histórica posição de não-alinhamento dos dois países.
As autoridades suecas divulgaram, na sexta-feira, um relatório do Governo e dos partidos sobre a possível adesão, em que são apontadas vantagens para a entrada da Suécia, incluindo para a segurança no norte da Europa.
A Finlândia deverá tornar oficial a sua decisão no domingo, mas o seu Presidente, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra, Sanna Marin, já disseram que apoiam a adesão à aliança "sem demora".
Rússia avisou a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à OTAN.
A Rússia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia exigiu à OTAN a proibição da entrada do país vizinho na organização e o recuo de tropas e armamento dos aliados para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.
A OTAN recusou tais exigências.
O anúncio da intenção da Finlândia de formalizar o pedido de adesão à OTAN foi recebido com entusiasmo pela maioria dos parceiros da Aliança, apesar das ameaças de retaliação por parte da Rússia.
De imediato, o secretário-geral da OTAN, o norueguês Jens Stoltenberg, saudou os planos da Finlândia, garantindo um processo de adesão "tranquilo" e rápido e mostrando-se receptivo a um idêntico plano para acolher a Suécia, que em breve pode seguir os passos de Helsínquia.
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