Política

Chefe de Estado quer mais atenção ao empresariado

César Esteves

Jornalista

O Presidente da República, João Lourenço, manifestou ontem, em Luanda, o desejo de ver o novo governador de Benguela, Luís Nunes, a prestar uma maior atenção à classe empresarial local, por ser muito dedicada, bem como a todos os investidores que queiram apostar naquela província.

13/03/2021  Última atualização 09H14
Luís Nunes lançou um apelo de união à sociedade civil benguelense para o bem da província © Fotografia por: Kindala Manuel| Edições Novembro
O Titular do Poder Executivo expressou essa vontade quando empossava nas funções os novos governadores das províncias de Benguela e da Huíla, Luís Nunes e Nuno Mahapi Dala, respectivamente, num acto realizado no Salão Nobre da Cidade Alta.
A ideia, disse João Lourenço, é tirar maior proveito possível das grandes potencialidades da província, nomeadamente na agropecuária, nas pescas, no turismo e na indústria."A província vai passar a beneficiar de maior quantidade de energia eléctrica, condição necessária para o desenvolvimento de todos esses ramos da economia que acabei de citar”, realçou.

O Presidente da República disse que Benguela é uma província que tem uma particularidade importante, que é a de ter um número muito grande de cidades, das quais quatro encontram-se no litoral e distanciadas a escassos quilómetros uma da outra. Por essa razão, instou Luís Nunes a prestar particular atenção a este pormenor, sem prejuízo das outras cidades.
Neste particular, pediu ao novo governador particular atenção às quatro cidades do litoral, com destaque para Benguela e Lobito. "Pelo que fez na Huíla, estamos certos que a Benguela de hoje não será a mesma de amanhã. Esperamos que amanhã possamos ver uma Benguela a brilhar mais do que a do presente”, orientou.

Luís Nunes, que deixa um forte legado na Huíla, como governador, diz estar a contar com toda a sociedade civil de Benguela unida, para ultrapassar os problemas e dificuldades da província.
"Queria aproveitar esta oportunidade para lançar um apelo à sociedade civil de Benguela: ninguém, sozinho, muda nada. Por isso, estou a contar convosco, pois só assim, juntos e de mãos dadas, é que nos tornaremos fortes, muito fortes”, destacou Luís Nunes, para quem só assim é que será possível tornar o impossível de ontem no possível de hoje. Disse que o seu trabalho, em Benguela, vai começar por uma radiografia dos problemas da província.


  Manter as conquistas alcançadas na Huíla


O Presidente da República disse estar convencido que o novo governador da Huíla, Nuno Mahapi Dala, vai dar continuidade ao "bom trabalho” feito, até aqui, pelo seu antecessor.
João Lourenço destacou que a juventude, formação, carácter, humildade e vontade de aprender todos os dias de Nuno Mahapi Dala serve de garantias de que vai conseguir. "Nós entendemos apostar num jovem promissor. Esperamos que consiga dar continuidade ao bom trabalho que o seu antecessor realizou até aqui na província da Huíla. Esta é a nossa esperança”, frisou.

Nuno Mahapi Dala prometeu manter toda a estrutura já montada na província, a fim de dar continuidade ao legado deixado. Disse haver já um conjunto de projectos em carteira, que na anterior governação estavam a ser executados e outros por executar. "São os mesmos que vamos fazer. Já estão aprovados e têm financiamento”, realçou.

O novo governador apontou o sector energético como o que mais preocupa a população huilana. O grande desafio para este problema, avançou, passa pela criação de condições e apresentação dos grandes projectos para a Huíla estar interligada à rede nacional de energia. "Só assim conseguiremos gerar mais empregos, as indústrias vão poder produzir mais e, deste modo, rentabilizar toda a indústria da província”, acentuou.

Nuno Mahapi Dala lembrou que a província vive somente de energia térmica. "Nós temos energia térmica e, como sabem, ela tem um custo muito alto. Além do custo, a capacidade gerada por essas unidades são inferiores às nossas necessidades, ou seja, só temos energia para lâmpadas”, ressaltou.

O novo governador salientou que a província precisa de produzir energia em grande escala para poder rentabilizar e gerar o parque industrial. "Temos um potencial turístico muito alto e, se nós tivermos energia, acredito que seremos uma grande província”, acentuou.
Entretanto, disse não ter dúvidas de que um trabalho em conjunto ajudará a dar mais qualidade de vida à população local.

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