Política

Chefe de Estado destaca múltiplas qualidades do general Valeriano

Marcelino Wambo | Huambo

Jornalista

O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) considerou, sábado, o tenente-general na reforma António Valeriano, falecido em Luanda, no passado dia 27 de Novembro, um notável comandante de tropas e homem de múltiplas qualidades.

03/12/2023  Última atualização 07H56
Membros do Governo, com destaque para o ministro da Defesa Nacional, renderam a derradeira homenagem ao general © Fotografia por: Edições Novembro

Numa mensagem de condolências endereçada à família enlutada, João Lourenço destacou os feitos de António Valeriano, tendo sublinhado que "foi e continuará a ser uma das maiores referências da história militar de Angola, bem como da libertação dos países da Região da África Austral”. O malogrado, referiu ainda o Chefe de Estado, deu um inestimável contributo ao processo de abolição do apartheid, na África do Sul, e, concomitantemente à libertação de Nelson Mandela. João Lourenço revelou, igualmente, que António Valeriano desempenhou cargos de responsabilidade nos vários escalões das FAA, ao longo da sua carreira militar, tendo cumprido com brio e sentido patriótico as missões que lhe foram incumbidas.


Funeral na Caála

Os restos mortais do tenente-general foram a enterrar, ontem, no cemitério da Aldeia da Kawaya, quilómetro 25, município da Caála, sua terra natal, num ambiente de muita dor e consternação.

A cerimónia fúnebre teve lugar no Pavilhão Multiusos Osvaldo Serra Van-Dúnem, na cidade do Huambo, e contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade”, dos governadores do Huambo, Lotti Nolika, e do Bié, Pereira Alfredo, e de altas patentes das FAA.

O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade”, assegurou, durante a mesma cerimónia, que a melhor maneira de homenagear os heróis da Pátria, como é caso do tenente-general Valeriano, "é erguer monumentos colectivos e individuais, no sentido de deixar bem patente os seus legados”.

O tenente-general António Valeriano, segundo o ministro, será lembrado como um profissional político e militar, que soube interpretar os sinais do tempo e a necessidade de defender a Pátria, ao integrar voluntariamente nas ex-FAPLA, tendo ganhado destaque na célebre batalha do Cuito Cuanavale.

O malogrado, recorde-se, foi um dos comandantes da célebre batalha do Cuito Cuanavale, que culminou com a derrota do regime do apartheid, na África do Sul.

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