Para além da conquista dos três pontos, o combinado angolano tem de vencer por uma margem de golos e aguardar pelo desfecho do último desafio do agrupamento entre Mali e Mauritânia, agendado para 24 do corrente mês.

Se o Mali ganhar a formação adversária, o gol-average vai ser determinante para a decisão de ambas as equipas, sendo que o combinado que tiver o melhor saldo de golos, passa automaticamente para os oitavos-de-final da competição.

Digerido que está o jogo de má memória com o Mali, Angola tem de adoptar uma postura totalmente diferente perante à Mauritânia, de forma a manter viva a chama da qualificação.

Aliás, ficou patente no jogo passado que a Selecção Nacional tem bagagem competitiva, para se impor frente à equipa adversária, bem como conseguir uma vitória gorda, desde que não repita as gafes verificadas contra o Mali. A vencer por 1-0, 2-1 e 3-1, permitiu a igualdade no marcador (3-3).

O "onze” nacional, às ordens de Pedro Gonçalves, tem de jogar ao mais alto nível e evitar os erros cometidos no desafio com o conjunto maliano, principalmente no sector defensivo.

Entretanto, os três golos que ditaram o empate da selecção adversária foram de erros de marcação. Os avançados malianos surgiam na área da baliza do guarda-redes Hugo Marques, sem qualquer oposição.

Atletas cheios de determinação

A Selecção Nacional com as ilações retiradas do confronto passado, vai aparecer, seguramente, com outra postura e atitude, em busca de um resultado positivo.

No derradeiro jogo com a formação do norte de África, só os três pontos interessam à equipa nacional, para aquilo que são os intentos na prova, que passam por atingir a segunda fase do torneio.

Embora não haja dois jogos iguais, a Mauritânia está perfeitamente ao alcance da equipa treinada por Pedro Gonçalves. Angola e Mali são as selecções mais cotadas do grupo e candidatas à passagem à próxima eliminatória.

Depois da desistência da formação marroquina, o combinado angolano passou a fazer parte do grupo de leque de selecções candidatas à conquista do título continental. Por isso, está pressionado a ganhar o embate de logo.

Angola é claramente favorita, mas tem de fazer para merecer, porque os jogos se ganham na defesa. Frente aos mauritanianos, o treinador Pedro Gonçalves não mexe na equipa e tão pouco no "onze” tipo que actuou diante do Mali.

Jogando com Hugo Marques, Tó Carneiro, Eddie Afonso, Kinito, Herenilson (cap), Além, Lulas, Jaredi, Megue, Gilberto e Depú, num claro 4-2-3-1. Mas se as coisas correrem mal à equipa angolana, Pedro Gonçalves passará a jogar com dois avançados em cunha, actuando em 4-4-2.