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Cerca de 3,5 mil milhões de pessoas no mundo sofrem de doenças orais, como cáries dentárias, doenças periodontais, cancro oral (Noma) e perda de dentes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS dá a conhecer, em alusão ao Dia Mundial da Saúde Oral, assinalado ontem, que, apesar das doenças citadas serem passíveis de prevenção e controlo, o funcionamento dos sistemas nacionais de Saúde em África e factores culturais leva milhões de pessoas a viver e sofrer com algumas das referidas enfermidades, facto que agrava os encargos financeiros dos Governos, afectando gravemente a qualidade de vida e o bem-estar das populações.
E em Angola, a cárie dentária, gengivite, periodontite e o cancro oral são as patologias mais diagnosticadas, segundo a Direção Nacional de Saúde Pública.
A coordenadora do Programa de Saúde Oral da Direção Nacional de Saúde Pública, Djamila Oliveira, que falava à imprensa, à margem do acto central do Dia Mundial da Saúde Oral, assinalado ontem, disse que, de todas as doenças orais, a que mais preocupa é o cancro oral "noma”, muito diagnosticado na África Subsariana, devido à falta de hi-giene e má alimentação.
Segundo Djamila Oliveira, o noma é o tipo mais grave de estomatite gangrenosa, que destrói a boca e o rosto do paciente e que, se não for devidamente tratado, cerca de 90 por cento dos casos pode terminar em morte.
Explicou que as doenças orais estão entre as patologias não transmissíveis, preveníveis e mais comuns do mundo, daí que, no país, ela foi instituída como problema de Saúde Pública, em 2007.
Por esta razão, prosseguiu Djamila Oliveira, todos os anos, a celebração desta efeméride é feita nas escolas do primeiro ciclo de ensino, com objectivo de incutir nas crianças as boas práticas de escovação dentária desde cedo, permitindo, assim, mudanças de atitude e a promoção da saúde oral no seio das comunidades.
Aos pais, Djamila Oliveira pede mais rigorosidade no que toca à diminuição do teor de açucar, ter uma alimentação mais equilibrada que envolve o consumo frequente de frutas, visando assim a melhoria da qualidade de vida das crianças.
Necessidade de mais especialistas
Questionada sobre se o número de especialistas em saúde oral é suficiente, Djamila Oliveira respondeu que a Ordem dos Médicos controla mais de 1.100 dentistas, apesar de não ser ainda o desejado. Acrescentou que esforços têm sido feitos para que todas as unidades hospitalares possam ter peritos nesta área.
Por seu turno, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, reafirmou o compromisso do Executivo em aumentar o número de especialistas em Estomatologia e a sua distribuição pelo território nacional.
Carlos Pinto de Sousa reconheceu que a carência destes especialistas faz com que a maioria das doenças orais continue sem os devidos acompanhamentos, daí a aposta em soluções eficazes, como a prevenção.
Afirmou que o Ministério da Saúde trabalha para que se crie um bom programa de assistência à saúde oral, de forma a integrá-la nos cuidados primários de saúde.
"Estas acções incluem a promoção de pastas dentífricas à base de flúor, a preços acessíveis, para prevenir a cárie dentária, o tratamento oral urgente, bem como o tratamento restaurador, evitando a deterioração dos dentes", salientou.
Segundo Carlos Pinto de Sousa, o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025, tem traçadas metas que incluem, entre outras, o equipamento mínimo e a colocação de técnicos especializados na rede primária de saúde.
De acordo com Carlos Pinto de Sousa, uma boa saúde oral contribui significativamente para o bom estado geral de saúde, o bem-estar e a qualidade de vida.
Para saudar a data, a OMS definiu como lema para este ano "Saúde oral para todos”, com objectivo de encorajar os Estados Membros a assumirem um compromisso sobre a saúde oral dentro das comunidades.
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