Neste mês dedicado à juventude, propusemo-nos trazer, à ribalta, parte da história de vida de mais um jovem angolano, que, fruto da sua determinação e resiliência, construiu um percurso empresarial digno de respeito, podendo ser, por isso, um exemplo a seguir para quem pretender trilhar os mesmos caminhos.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
O Centro de Hemodiálise do Huambo registou uma afluência de pacientes no primeiro dia de atendimento, depois da inauguração, no dia 13, pelo Presidente da República, João Lourenço.
Registava-se um ambiente bastante calmo, em que os pacientes e profissionais de saúde partilhavam momentos de conversa descontraída.
No momento em que a equipa do Jornal de Angola realizava a reportagem, testemunhou a chegada de um autocarro do Hospital Geral do Huambo, que fazia a transferência de pacientes para serem internados no Serviço de Nefrologia, já que o centro congrega dois serviços, e foram recebidos com muita atenção pela enfermeira Suzana.
O enfermeiro Glório Lando, responsável pelo Centro de Hemodiálise, revelou que a primeira segunda-feira de trabalho foi aberta com a preparação cuidadosa das máquinas de trabalho, bem como a sala de tratamento de água.
O centro abriu as portas às 6 horas da manhã e os pacientes começaram a efectuar a diálise às 7 horas. Foram feitos, primeiro, os procedimentos de pesagem e de ultrafiltração e só depois o acesso à sala de tratamento.
O processo de diálise leva mais ou menos 4 horas de tratamento. Os pacientes que não têm transporte pessoal são apoiados para as suas residências pelo autocarro do Centro de Hemodiálise.
Até às 15 horas daquele dia, o Centro de Hemodiálise já tinha atendido 44 pacientes, segundo Glório Lando, sendo 28 no período matinal e 16 no período da tarde.
O Centro já fez o cadastramento de 78 pacientes que estão a fazer o tratamento de diálise. Acredita-se que este número vai aumentar nos próximos dias.
Os pacientes de diálise estão distribuídos em turnos, sendo dois às segundas, quartas e sextas-feiras, o primeiro com início às 7 e término às 11 horas e o segundo das 12 às 16 horas.
Às
terças, quintas e sábado, os pacientes começam a fazer a diálise às 7 horas e
terminam às 12 horas.
Unidade de referência
O Centro de Hemodiálise já recebeu 13 pessoas vindas da vizinha província do Bié, uma de Benguela. O Centro está a receber telefonemas de pacientes de outros pontos do país, que desejam ser tratados no Huambo, por consideram ser uma unidade de referência e bem apetrechada, com técnicos bem formados.
"Somos uma unidade capacitada para atender, de forma humanizada, os doentes, uma vez que o Governo apostou na formação destes quadros, de modo que os pacientes se sintam aconchegados como se estivessem em casa, ao lado dos seus familiares”, disse Glório Lando.
O técnico informou que o processo de recepção dos pacientes, até ao seu encaminhamento, é feito por profissionais bem treinados para acolher melhor a pessoa doente.
Almeida Chitungo, que estava a cumprir mais uma sessão de hemodiálise, louvou a iniciativa do Governo, de colocar esses novos serviços à disposição dos cidadãos.
O paciente considerou o atendimento no novo Centro de Hemodiálise excelente, com profissionais bem formados e equipamentos de qualidade, pressupostos que, disse, aumentam a esperança de vida.
Hospital Municipal da Ecunha atende mais de mil pacientes
O Hospital Municipal da Ecunha Leonardo Kambumba, inaugurado na semana passada, pela ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, já atendeu, em menos de uma semana, 1.620 pacientes, maioritariamente nos serviços de Urgência, Pediatria, Consultas Externas, Maternidade e noutras áreas que compõem a unidade.
Segundo o director da unidade, Américo Eyuba, o hospital está em pleno funcionamento e já realizou 14 partos, dos quais duas cesarianas, feitas com sucesso.
Informou que os serviços mais procurados são as consultas de Pediatria, Maternidade e Ortopedia. Nos serviços de Maternidade, salientou, os exames de Ecografia estão disponíveis e, na Ortopedia, os doentes têm o raio X a funcionar normalmente e recebem os resultados sem constrangimentos.
O serviço de laboratório está a funcionar plenamente, com a realização de vários exames, com destaque para os de Hematologia e Bioquímica.
O laboratório da unidade sanitária possui um aparelho que se chama mini-vidas, com grande utilidade na garantia de hemotransfusão segura, em que os pacientes submetidos a este processo recebem sangue seguro.
O responsável hospitalar assegurou a prontidão e presença dos técnicos nos seus postos de trabalho, para garantir a saúde da população.
Américo
Eyuba revelou estarem, igualmente, garantidos os serviços de Neonatologia,
Bloco Operatório, Unidade de Terapia Intensiva e Internamento nas diversas
especialidades.
Bloco operatório
O Bloco Operatório tem duas salas de serviço e garante, pela primeira, na Ecunha, assistência de qualidade, principalmente em apoio à Maternidade. Com capacidade de 56 camas, para acudir às necessidades sanitárias dos mais de 111 mil habitantes da Ecunha, neste momento o hospital possui 47 leitos ocupados.
Apesar de estarem no novo hospital, o médico fez saber que a antiga unidade, onde funcionava o Hospital Municipal, continua a trabalhar normalmente. Os doentes graves ficam na nova unidade e alguns casos considerados leves são mantidos na estrutura antiga.
Américo
Eyuba lançou um repto aos demais municípios vizinhos da Ecunha, cujos hospitais
não tenham meios de cirurgia, a enviar os pacientes ao novo hospital, porque o
Bloco Operatório está operacional.
Conservação da unidade
O responsável apelou aos trabalhadores e pacientes a conservarem a unidade de referência, para que os meios possam servir a população por muitos anos.
Entre as doenças mais frequentes, o responsável apontou a malária, seguida das doenças diarreicas e respiratórias.
A unidade sanitária, baptizada com o nome de Leonardo Cambumba, em homenagem a um antigo administrador municipal, foi construída no âmbito do Programa de Investimentos Públicos, sob tutela do Ministério da Saúde.
O novo Hospital Municipal da Ecunha dispõe de dois Blocos Operatórios, uma unidade de Terapia Intensiva, Ginecologia e Obstetrícia, Laboratórios, Farmácias, atendimento nas consultas de Pediatria, Medicina, Puericultura, Banco de Urgência e Cirurgia.
A instituição conta igualmente com uma morgue com 18 gavetas.
Os serviços são assegurados por 28 médicos, entre nacionais e estrangeiros e 113 enfermeiros.
No dia da inauguração, o hospital beneficiou de uma ambulância, um carro de apoio hospitalar e dois autocarros para facilitar a mobilidade dos funcionários, garantindo que os técnicos cheguem cedo ao local de trabalho.
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