Cultura

Centro de Artes no Lubango cria espaço de socialização

O Centro de Artes da cidade do Lubango, na província da Huíla, inaugurado nos finais de Junho de 2022, é hoje um lugar onde curiosos, aspirantes e artistas investem boa parte do seu tempo para aprender a cantar, tocar, contracenar e socializar.

21/01/2023  Última atualização 12H01
© Fotografia por: Arimateia Baptista | Edições Novembro | Huíla

Isaltina Gonçalves, de 14 anos, afirmou que o centro de artes tem sido significante, porque desde que começou a frequentar as aulas de violino a sua vida mudou para melhor.

"Estou aqui há 3 meses e vim muito tímida, tinha dificuldades em interagir mas a música mudou esse meu comportamento, hoje tenho maior facilidade em lidar com outras pessoas”, disse.

Nelson Dongala, director do Centro de Artes, disse que a arte precisa ser olhada de maneira diferente, pois, uma sociedade sem cultura não tem identidade e a arte faz parte da cultura de um povo.

No centro, as crianças participam em várias apresentações com público diferenciado. Para o responsável daquela instituição, a arte por si só é uma actividade que abre a mentalidade dos alunos e deve ser usada como moeda de troca. Devemos usar a arte como uma condicionante para puxar por outras disciplinas dentro do sistema de ensino, aprendizado e de socialização.

Passados três meses desde a inauguração do centro, segundo Nelson Dongala, os alunos já demonstravam a qualidade do aprendizado numa actividade recreativa que juntou encarregados de educação e outros convidados. O espectáculo foi abrilhantado com exibições de canto, dança, teatro, guitarra, piano e violino.

Nelson Dongala disse que a formação no Centro de Artes é contínua e obedece a módulos de quatro, sete e treze meses, sendo o Básico, intermédio e o profissional, respectivamente. "Pretendemos que no fim de um ciclo de treze meses de formação possamos através de uma parceria com o Instituto Nacional de Formação Profissional (INAFOP) e o gabinete provincial da cultura, certificar os nossos primeiros formandos e que eles saiam para o mercado com a qualidade desejada para que sejam de facto bons artistas”, afirmou.

Para dinamizar o espaço, o responsável quer ainda que o centro que dirige seja um lugar onde o artista consiga aprender, desenvolver, aperfeiçoar e vender os seus dotes artísticos, pois, é o local preferido dos artistas.

"Aos fins-de-semana temos encontros com artistas, espectáculos de teatro, música, palestras e dança. O centro de arte para além de formar também passou a ser um ponto de encontro entre artistas”.

Para além do município sede, até ao memento, o Centro de Artes recebeu alunos vindos dos municípios da Jamba e da Humpata. Uma clara demonstração de que está de portas abertas para todos interessados independentemente da sua idade, proveniência ou cultura.


Arimateia Baptista | Huíla

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