O novo delegado e comandante municipal da Polícia Nacional na Banga, província do Cuanza-Norte, superintendente-chefe Miguel Alves (Carrungo) apontou como prioridade o policiamento de proximidade e o trabalho com as comunidades para a denúncia dos crimes.
A província de Cabinda registou, de Janeiro a Outubro do corrente ano, 232 casos de fuga à paternidades, segundo a secretária provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género.
Em 20 dos 232 casos registados durante o período em referência, explicou, os pais assinaram o termo de responsabilidade para assistência condigna aos filhos e 30 foram encaminhados à Conservatória para o registo das crianças, visando à obtenção da cédula pessoal.
A secretária provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género deu a conhecer que 20 processos foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República, para a prestação de assistência de alimentos.
A população da província de Cabinda, informou, está a ser sensibilizada para aderir à campanha dos 16 dias de activismo pelo fim da violência contra a mulher e menina, que começou no último sábado, 25, Dia Internacional da Não Violência Contra Mulher e que termina no próximo dia 10, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A campanha, disse Fatima Congo Sambo, visa executar acções de sensibilização, consciencialização e envolvimento das famílias na luta contra a violência, promover a cultura de denúncia, reforçar os apelos à advocacia para a protecção das vítimas, aplicação de medidas punitivas aos agressores, fomentar o engajamento de todos no combate ao fenómeno e promover a igualdade do género.
"A violência contra a mulher é um mal que tem prejudicado as estruturas familiares”, concluiu.
Governadora condena actos de agressão
A governadora de Cabinda, que presidiu a cerimónia de abertura da campanha provincial que marca os 16 dias de actvismo pelo fim da violência contra a mulher e menina, condenou, a todos os títulos, a violência doméstica, tendo aconselhado a sociedade a engajar-se mais, com acções concretas, para eliminar práticas que afligem a todos.
"Nenhuma mulher ou homem vai se sentir completamente livre enquanto esse quadro não for alterado”, disse Mara Quiosa, referindo que a violência contra a mulher é mundialmente considerada um acto de atropelo aos Direitos Humanos, que se manifesta de múltiplas formas, desde o estigma, discriminação, violência física, patrimonial, económica, psicológica, exploração sexual, incluindo o assédio e o abandono familiar.
Mara Quiosa apelou à população no sentido de se envolver em acções que visam encontrar as melhores formas para acabar com a violência doméstica, que pode pôr em causa o futuro da humanidade.
As autoridades na província de Cabinda, disse a governadora, têm envidado esforços no sentido de mitigar os casos de violência doméstica, com a promoção de várias acções, incluindo a proteção jurídica e multidisciplinar das vítimas, realização de palestras, marchas, fóruns, entre outras.
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