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CEDEAO quer mais atenção às eleições dos países membros

O líder do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, defendeu terça-feira a necessidade de uma maior atenção dos deputados da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) nos processos eleitorais nos 15 países que compõem a organização.

01/02/2023  Última atualização 11H07
© Fotografia por: DR

Segundo a AFP, Cassamá falava na abertura, em Bissau, da primeira reunião do ano 2023 do parlamento da CEDEAO que já vai na sua quinta legislatura, iniciada em Março de 2020 e prevista terminar em Março de 2024.

Perante os 115 deputados que compõem o parlamento da CEDEAO, que se reúne pela primeira vez na Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá exortou aquela instituição a prestar "maior atenção" aos processos eleitorais nos países membros da comunidade. Cipriano Cassamá defendeu que o parlamento da CEDEAO "não pode continuar apenas a integrar e diluir-se" nas missões de observação eleitoral, factor que, disse, impede aquela instância de ter a sua autonomia a partir da qual poderia elaborar o seu próprio relatório de observação de eleições a submeter aos deputados da comunidade.

Vários dos 15 Estados-membros da CEDEAO devem realizar eleições legislativas e presidenciais entre 2023 e 2025.  A Guiné-Bissau, por exemplo, tem as legislativas marcadas para 04 de Junho e as presidenciais previstas para 2025. A Nigéria, maior potência da comunidade, tem marcadas as eleições gerais para 25 de Fevereiro. Cipriano Cassamá não faz parte dos cinco deputados que a Guiné-Bissau tem no parlamento da CEDEAO.

Cabo Verde, Benim, Guiné-Bissau, Gâmbia, Libéria, Serra Leoa e Togo têm cinco deputados cada no parlamento da CEDEAO, enquanto Burkina Faso, Guiné, Mali, Níger e Senegal contam com seis parlamentares cada. A Côte d’Ivoire tem sete, Gana oito e a Nigéria tem 35 deputados, cooptados directamente dos parlamentos dos respectivos países, um exercício que Cipriano Cassamá volta a exortar no sentido de ser mudado, para permitir que os deputados sejam escolhidos de forma directa, "através do escrutínio independente", disse. A reunião do parlamento da CEDEAO deve decorrer até esta sexta-feira.

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