Sociedade

Catadoras de lixo incentivadas a constituir cooperativas

Trinta e três mulheres catadoras de resíduos sólidos do distrito urbano do Kilanba, município de Belas, em Luanda, foram incentivadas a constituir cooperativas para o acesso ao micro-crédito a partir do Fundo de Capital de Risco Angolano (FACRA).

20/05/2021  Última atualização 09H51
© Fotografia por: DR
O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, no âmbito do programa de promoção do género, empoderamento da mulher e de desenvolvimento local e combate à pobreza, procura criar incentivos para a geração de rendas das famílias que trabalham com resíduos sólidos.
As cooperativas e associação poderão ser potenciadas com acções de capacitação e apoio por via da concepção de micro-créditos com juros bonificados, constituindo-se assim, em pequenas empresas familiares.


O assunto foi abordado, ontem, durante um encontro que a secretária do Estado para a Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber, teve com parceiros e catadoras de resíduos sólidos.
Durante o encontro, que contou com a presença  de responsáveis da Direcção Nacional da População adstrita ao Ministério da Economia e Planeamento, foram ainda abordados assuntos como a promoção da capacidade empresarial em termos de aproveitamento dos resíduos sólidos e a criação de um programa de formação e financiamento para as micros e pequenas cooperativas.
Para Elsa Barber, o encontro serviu como oportunidade para conhecer o trabalho desenvolvido por estas mulheres, sendo estas agentes importantes para a transformação do ambiente.
Neste contexto, avançou que o Ministério da Família vai promover a criação e formalização das cooperativas e com o Ministério da Economia e Planeamento desenvolver um modelo de negócio e cadastrar as catadoras de lixo na sua plataforma.


"Vamos procurar ajudar para que as senhoras tenham um fundo ou micro-crédito para desenvolverem as suas actividades de forma segura”, referiu.  De acordo com o director do Gabinete para a Política da População, Celso Borja, a intenção é identificar as cooperativas de recolha de resíduos sólidos urbanos incorporados na estratégia de valorização.
Nesta senda, avançou que as cooperativas poderão ter acesso a um micro-crédito no valor de sete milhões de kwanzas, disponibilizados pelo Fundo de Capital de Risco Angolano (FACRA), para apoiar na melhoria das condições de trabalho durante a actividade de recolha de lixo.


Por sua vez, o presidente da Associação Nação Verde, Nuno Cruz, afirmou que a disponibilização desse crédito vai contribuir para que as catadoras de lixo possam desenvolver as actividades de forma mais facilitada e segura.
"É necessário que as organizações de defesa do ambiente, a sociedade civil e o Governo possam unir energias no sentido de podermos ajudar o maior número de mulheres”, referiu

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