O Tribunal da Catalunha, em Espanha, decidiu entregar o cadáver do Ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, à esposa Ana Paula dos Santos, para o seu sepultamento.
O Chefe de Estado, João Lourenço, será o próximo presidente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), depois de ter sido eleito, esta quarta-feira, na cimeira da organização regional, em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC).
Em caso de vitórias nas eleições gerais de 24 de Agosto, o Governo da coligação da CASA-CE vai, entre outros objectivos para os próximos cinco anos, consolidar a paz, reconciliação nacional e estabilidade, a democracia, cidadania e justiça social, bem como modernizar o Estado, através de uma “profunda reforma institucional para um novo sistema político e administrativo”.
Essas linhas constam no manifesto eleitoral da CASA-CE, aprovado, ontem, na reunião do Conselho Consultivo Nacional (órgão equivalente à Comité Central), no qual foi também caucionado o programa de Governo para o quinquénio 2022-2017, em caso de vitória nas eleições.
A CASA-CE pretende, ainda, valorizar o mérito e o trabalho; combater a corrupção e a delapidação do erário, "realizar o cidadão” - o que considera ser a razão fundamental da boa governação , assim como "definir um novo paradigma para as políticas de Defesa, Segurança e Ordem Pública”.
Relativamente à reforma do Estado, a CASA-CE considera imprescindível reverter o quadro actual, através de reformas constitucionais que consolidem a cultura política baseada no constitucionalismo democrático, multipartidário e no primado da lei.
Na prática, a coligação liderada por Manuel Fernandes quer que tais reformas reduzam a burocracia e o aparelho do Estado, tornando os serviços públicos ágeis, transparentes, eficientes e ao serviço do cidadão, com o propósito de facilitar a satisfação das necessidades.
Valorizar o mérito
Para a valorização do mérito e do trabalho, a CASA-CE promete nomear os dirigentes das empresas públicas ou instituições do Estado por concurso público, com períodos delimitados.
O mérito, a exigência e a responsabilização administrativa e criminal, em caso de má gestão ou desvios orçamentais, serão critérios fundamentais no Governo da coligação, que quer acabar com as nomeações, que, no seu entender, promovem "o tráfico de influências, a incompetência e o proteccionismo".
A CASA-CE pretende criar a Alta Autoridade contra a Corrupção, isenta e equipada com mecanismos e instrumentos de investigação dos actos de corrupção, devendo ser apurado quer o autor activo, quer o passivo desses procedimentos. A sua estratégia de governação assenta em quatro eixos fundamentais: a família, a escola, a empresa e a comunidade.
Ao discursar na abertura da reunião do Conselho Consultivo Nacional, o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, garantiu que a coligação tem quadros competentes e capazes para conceber ideias e gizar políticas públicas que concorrem para a melhoria da qualidade de vida dos angolanos.
"Temos trabalhado arduamente para protagonizarmos a alternância política para redinamizarmos o país, através de um programa de Governo que permita a reforma do Estado, reanimar a economia, relançar a produção nacional, incentivar a iniciativa privada, (bem como) dialogar com a sociedade civil, para a criação de um projecto que visa a melhoria da distribuição da renda nacional, tendo em conta a tipicidade e especificidade das regiões do país (…)”, disse.
Numa alusão ao facto de ser a terceira maior força política no Parlamento, afirmou que a CASA-CE continua a ser a "terceira via com vocação ao poder” e avisou que a coligação não está para "simplesmente animar o debate político”.
Para sustentar a viabilidade de a CASA-CE poder atingir o Governo, acusou o actual Executivo, em fim de mandato, de, alegadamente, não ter sido capaz de implementar as reformas necessárias para a afirmação de um Estado verdadeiramente Democrático e de Direito.
Questão de Cabinda
Ao referir-se à situação da província mais a Norte do país, onde a UNITA promete autonomia administrativa e financeira, caso vença as eleições de 24 de Agosto, o líder da CASA-CE considerou que "o problema de Cabinda passa por um diálogo profundo, aberto e inclusivo com as várias sensibilidades, mediante solução que satisfaça os interesses de todos”.
Sobre as eleições, Manuel Fernandes disse que aqueles que consideram que já as ganharam podem "perdê-las estrondosamente”, mas os que trabalharem de forma humilde, com amor à pátria, sacrifício abnegado e sentimento de missão hão-de ganhá-las. Disse ser isso o que a CASA-CE tem feito e continuará a fazer.
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