A exposição fotográfica do artista angolano Pedro Yaba, intitulada "Simbiose" lança luz sobre a importância histórica da indústria mineira na economia nacional afirmou, segunda-feira, o secretário de Estado para Sector dos Recursos Minerais, Jânio Victor.
O músico Vui Vui e o artista plástico Horácio Dá Mesquita felicitaram a elevação dos géneros de dança e música kizomba, assim como a tchianda e os instrumentos musicais marimba e quissange a Património Imaterial Nacional, pelo Ministério da Cultura.
Isabel André tem 36 anos de carreira como actriz, disseminando talento no teatro, cinema e televisão, quer em produções nacionais quer em projectos internacionais.
Atingiu o ápice da sua carreira artística em dois momentos distintos: no teatro, em 2016, no "Concertos v Brancos, Tintos e Rosati” produzido pela Embaixada da Itália em Angola, uma ópera que marcou as intervenções internacionais da actriz que tem as suas origens prensadas em Cambambe, ali pertinho das margens do rio Cuanza, no Dondo, província do Cuanza-Note.
No cinema, o auge ficou marcado em 2020, na longa-metragem "Santana”, de Maradona Dias dos Santos, o primeiro filme angolano na Netflix, uma co-produção com a África do Sul. A vida artística de Isabel André passa por inúmeras rectas da história da segunda geração do teatro, cinema e teledramarturgia angolana.
Frequentou, desde os finais do século passado, vários cursos em cinema, televisão, teatro, iluminação, caracterização e preparação de actor.
Empreendedora do ramo cultural, criou, em 2021,a Academia de Artes Isabel André. A sede, no bairro Morro Bento é uma construção de raiz, com fundos próprios. Embora esteja em fase lactente, os projectos solidários para assistência social à camada jovem e adolescentes nascem e atingem à sociedade luandense vezes sem conta.
No final do passado, a Academia Isabel André lançou o magazine audiovisual (documentários) intitulado "Arte e Vida”, edição mensal, que aborda questões culturais, sociais, de cidadania e resgate de valores.
"Estamos na quarta edição, e primamos pela solidariedade com os mais carenciados, mulheres, adolescentes e crianças, além da classe artística”.
A Academia Isabel André apoia projectos de autores jovens, tanto do teatro como de outras áreas. Tem apoiado o Fes-Kamba, tem parceria com o Circuito Internacional de Teatro (CIT), apoia o Festival de Teatro de Duplas, e o FesKianda -Festival Internacional de Curtas-metragens.
"Nas vestes da responsabilidade social, temos agendado para este mês um encontro motivacional com mulheres do teatro, para abordarmos questões relacionadas com arte e cultura”.
Mulher perspicaz, embora tenha o tempo totalmente preenchido com actividades laborais, artísticas e académicas – é professora universitária e estudante - não deixa de cumprir com as suas obrigações familiares. "Tenho pouco tempo para conviver com os meus filhos, mas não deixo de cumprir com os deveres ou as responsabilidades familiares, é sagrado”.
Além de actriz, é profissional de Seguros. Licenciada em Ciências de Educação, pelo ISCED, da Universidade Agostinho Neto, em 2004, mestre em Gestão de Empresas, pela Universidade de Évora, em Portugal, em 2011, e doutoranda em Ciências Sociais, especialidade de Psicologia Social, pela Universidade Agostinho Neto.
No teatro
Tudo começou no Grupo Horizonte Njinga M’bande, em 1986, e até hoje tem o grupo como a sua escola - chave mestra - e o encenador Adelino Caracol como o seu guia de referência, e os actores como eternos colegas do Horizonte,
Participou em várias peças de teatro, tais como "Acontecimento”, "O Alfaiate”, "Regresso marcante”, "Massemba”, "Jogral”, "N´zonje”, "Fronteira e o asfalto”, "Casado sem casa”, "História”, "Madrasta”, "Cativeiro derrocado”, "Fabiana”, "Lweje”, "Njinga M’bande”, "N`zady, o grande desafio”, "Casal”, "A Bíblia”, "Gipalo”, "Engraxador”, "Sobreviver em Tarrafal”, "Círculo do Gigi do bombo”, entre outras.
É vogal do Conselho Fiscal na Associação Angolana de Teatro (AAT), e coordenadora para região Norte da referida associação.
Publicações
Tem artigos sobre "Atitudes e as culturas organizacionais”, edição 3, da revista trimestral de Psicologia, da Faculdade de Ciências Sociais da UAN, sobre "A importância dos valores numa gestão de recursos humanos socialmente responsável”, na colectânea Letras Cruzadas sobre "Angola e Brasil: identidade, memória, direitos e valores”, de Paulo de Carvalho, organizada pela Paco Editorial, em 2018. É autora do artigo, "O valor ético do trabalho”, volume IX, nº 17, Janeiro- Dezembro de 2019, da Mulemba - Revista Angolana de Ciências Sociais da UAN, sobre "A desconstrução da prática da iniciação: excisão como rito africano”, no Jornal Cultura da Edições Novembro, de Dezembro de 2019, e outros artigos na revista Ensa-informa, sobre vários temas.
Outras acções
Mulher de trato fácil, simpática e sempre sorridente, sem errarmos, podemos afirmar: trata-se de uma mulher prendada, de mil e um ofícios, e compromissos laborais com abnegação. Em 2017, Integrou o júri do Prémio Nacional de Cultura e Artes, sendo vice-presidente, no ano seguinte foi membro na Categoria de Teatro. Também foi membro do júri do Prémio de Pintura, Escultura e Gravura "Ensa Arte”, em 2018, e júri do Carnaval em Luanda, entre 2017 e 2019.
Em 2021, integrou a peça de teatro "Ponto de Partida”, produção da Aliance Francesa, no mesmo ano fez parte do elenco da curta-metragem "Gamofobia”.
Entre 2017 e 2018 entrou na telenovela "Muxima”, foi convidada para o espectáculo internacional "Conserto Brancos, Tintos e Rosati”, da Embaixada da Itália, em 2016, e no elenco "Conversas no Quintal”, da TPA, entre 2015 e 2017.Fez parte do filme "O Calvário de Joselina”, em 2016, na peça de teatro "Homelet”, 2015, nas mini-séries "Angola Chama-te”, em 2014, "Kamba de verdade”, 2013, no filme "A Crença”, 2012, docu-dramas (histórias)s do "Stop Sida”, entre 2012 e 2016, na telenovela "Vidas Marcadas”, da TPA, e teve participações em publicidades audiovisuais e radiofónicas, entre 2012 e 2016.
Como conferencista e palestrante, foi prelectora do tema "O papel da mulher no contexto artístico Angola”, em 2016, em festivais internacionais de teatro, em Portugal, e no primeiro Festival Nacional de Cultura em Angola (FENACULT).
Teve intervenções na Trienal das Humanidades, da Faculdade de Ciências Sociais, da Universidade Agostinho Neto (UAN), e no CEARTE, palestra "O teatro como arte de representar”.
Funcionária pública
Isabel André trabalha, há mais de 27 anos, na Empresa Nacional de Seguros de Angola – ENSA, onde passou por vários departamentos e sectores, como Património, Recursos Humanos, Auditoria, Cobranças, Comercial, entre outras áreas.
Foi professora da Escola Comercial de Luanda, da Universidade Privada de Angola (UPRA), e, actualmente, da Universidade Agostinho Neto.
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