Política

Carolina Cerqueira satisfeita com nível das obras do Terminal do Caio

Pedro Vicente

Jornalista

A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, visitou, quinta-feira, as obras de construção do Terminal de Águas Profundas do Caio, na província de Cabinda, e manifestou-se satisfeita com a evolução dos trabalhos.

15/09/2023  Última atualização 08H00
Obras estão em curso e quando forem concluídas, o Terminal vai permitir a atracagem de navios de grande porte em Cabinda © Fotografia por: António Soares| Edições Novembro

O Terminal de Águas Profundas do Caio poderá ser concluído em 2025, segundo as autoridades governamentais, e permitirá a atracagem de navios de grande porte, com uma carga não superior a cinco mil contentores, evitando a passagem de mercadorias com recurso à fronteira da República Democrática do Congo, cuja via é "bastante onerosa, não só para o próprio Estado, mas também para a classe empresarial local”. 

De acordo com o administrador do projecto de construção do Terminal de Águas Profundas do Caio, Jorge Lando, a presidente da Assembleia Nacional tomou contacto com o empreendimento,  que tem 50 por cento das obras do projecto já pagas.

Durante a permanência na província mais a Norte do país (Cabinda), a líder do Parlamento visitou, também, o Hospital Materno-Infantil 1º de Maio, que está a ser reabilitado.

A infra-estrutura sanitária de um andar tem no rés-do-chão bloco de parto, sala de ecografia, laboratório, sala de cirurgia, unidade de cuidados intensivos e um recobro, enquanto a parte de cima alberga as enfermarias.

A deputada do Partido Humanista, Bela Malaquias, que acompanha a líder parlamentar, mostrou-se impressionada com o edifício e recomendou aos médicos, que nele forem trabalhar, para prestarem uma assistência médica humanizada, reforçando que "é na maternidade onde começa a vida”. O Hospital Materno-Infantil 1º de Maio está dotado de boas condições técnicas e tecnológicas. Vai produzir oxigénio, ar comprimido, e tem meios para garantir um melhor atendimento aos pacientes.

 
Encontro com entidades locais

Antes da visita às estruturas sanitárias, Carolina Cerqueira recebeu, em audiência, o bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, que apontou como preocupação a proliferação de seitas religiosas e a violação sistemática da Lei da Liberdade de Culto, que deveria disciplinar o exercício da actividade religiosa no país e na região em particular.

Na visão do prelado católico, para ser líder de uma confissão religiosa, deveria ser obrigatória uma formação em Teologia, para travar a extorsão de pessoas menos atentas e que que vão para  estes locais à busca da cura divina.

Outra preocupação, exposta por Dom Belmiro, prende-se com a questão da imigração ilegal, que tem sido recorrente e ignorado, mas que pode colocar em perigo a soberania do país.

Numa outra audiência, Carolina Cerqueira recebeu o representante do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Albino Cassinda, que apontou os constrangimentos ligados aos sectores da Educação, Saúde e Cesta Básica, estando esta última cada vez mais encarecida.

Por último, a presidente da Assembleia Nacional teve um encontro com o empresário madeireiro André Amorim, que abordou os problemas da dívida pública, responsável pela "descapitalização das empresas locais”.

O empresário disse ter apresentado, também, à líder parlamentar a preocupação de se melhorar o Estatuto Especial de Cabinda, que "não se tem reflectido na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos locais”.

André Amorim considerou "fraco o investimento que se regista no sector do Turismo, bem como na prestação de serviços”.

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