Cultura

Carnaval de Luanda 2023 foi muito dignificante

O regresso da edição 2023 do Carnaval de Luanda à Marginal da Praia do Bispo, em Luanda, foi dignificar a maior manifestação cultural dos luandenses, depois de um interregno de dois anos, devido à pandemia da Covid-19, afirmaram alguns comandantes e responsáveis de grupos carnavalescos.

08/03/2023  Última atualização 09H46
© Fotografia por: Luís Damião | Edições Novembro

As reacções foram tecidas na última sexta-feira, durante o encontro entre a Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) e seus associados, com objectivo de fazer um balanço à presente edição do Entrudo, realizado de 18 a 21 de Fevereiro. Trata-se dos comandantes e responsáveis dos grupos Recreativo Kilamba, Kiela, 10 de Dezembro, Jovens da Cacimba, Amazonas do Prenda, Njinga Mbande e União Tuafundumuka, que aproveitaram a oportunidade para expor algumas inquietações.

Tany Narciso, o presidente da APROCAL, além de felicitar os vencedores das três classes, valorizou a "festa do povo”, pela entrega e organização dos grupos nos desfiles competitivos, que para a sua associação foi um motivo de regozijo.

O coordenador do núcleo do Carnaval no Distrito Urbano do Rangel, Luís Silva, questionou a APROCAL por não ter dado, até agora, o prémio "BAI da Canção”, conquistado pelo Recreativo Kilamba, o vencedor do Carnaval, edição 2023.

Luís Silvaquestionou, ainda, os critérios para a indicação do júri, uma vez que a APROCAL tinha anunciado a realização de um concurso público para a criação do corpo de júri, o que não aconteceu. O responsável do grupo 10 de Dezembro, apesar de considerar um sucesso o regresso do Carnaval à Marginal, disse que no desfile da Classe C já não se vêm crianças a dançarem, sublinhando que "nas últimas edições têm sido adultos a desfilar e não crianças”.

 

Desabafo  de Poly Rocha

O comandante do Recreativo Kilamba, Poly Rocha, vencedor da classe A, de adultos, aproveitou o encontro para manifestar descontentamento com o comportamento de dirigentes dos grupos, sempre que  o seu grupo vence.

Poly Rocha disse que já não vai tolerar palavras injuriosas. "As edições que o Kilamba ganhou o Carnaval, foi por mérito próprio, porque eu só danço. Como investigo, busco outras cadências sem fugir da nossa matriz”, disse.

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