Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A exposição fotográfica do artista angolano Pedro Yaba, intitulada "Simbiose" lança luz sobre a importância histórica da indústria mineira na economia nacional afirmou, segunda-feira, o secretário de Estado para Sector dos Recursos Minerais, Jânio Victor.
Os livros “Ser Poeta em Harmonia e Silêncios”, de Carlos Lamartine, e “Sakwenda - percursos e vivências”, de Zeca Moreno, foram vendidos e autografados em Benguela, sexta-feira à noite, no âmbito das festividades dos 406 anos da velha "Ombaka", assinalado dia 17.
Sob a chancela da Mayam-ba Editora, além dos livros os músicos Carlos Lamartine e Zeca Moreno brindaram, também, os cidadãos de Benguela com discos em sessão de autógrafos.
Previsto para às 16 horas, o acto começou por volta das 20 horas, em função do fluxo de admiradores dos dois conceituados artistas e referências da música angolana. A cada minuto aproximavam-se fãs destas figuras, para saudar, manifestar tamanha admiração e fazer um "post" fotográfico.
Os autores aproveitaram reencontrar amigos, momento sublime e honra para ambos que se mostraram bastante entusiasmados pela calorosa e inesperada recepção personalizada demonstrada pela classe intelectual da antiga cidade de São Filipe, hoje, Benguela.
Apesar das horas que corriam ninguém arredava os pés. O pessoal sentia-se bem ambientado, visto que ninguém se cansava de esperar, estavam desmotivados com tendências de abandonar o local do evento, uma demonstração clara de que os autores são referências na memória colectiva dos benguelenses.
Contrariamente, era visível no semblante de todos a alegria fraterna em desfrutar um tão indelével reencontro entre as figuras de Benguela que muito fizeram para o elevado nível de crescimento e preservação dos valores históricos culturais.
Para muitos, o acto foi uma combinação perfeita entre literatura e música, na festa dos 406 anos de Benguela.
Zeca Morena, de forma muito cortês, em tom de satisfação, orientou o mestre de cerimónia para dar início do trabalho. Paulo Stone da Conceição agradeceu a presença de todos e aproveitou a ocasião para demonstrar e refinar os dotes, dada a vasta experiência de radialista que adquiriu na emissora provincial de Benguela. Daí, lançou o assobio para o início do evento, começando por fazer uma breve descrição dos autores.
Momento ímpar
Durante a sessão de autógrafo, a docente universitária Ana Paula, do Instituto de Ciências da Educação de Benguela (ISCED), que prefaciou o livro de Carlos Lamartine, considerou que a obra constitui referência ímpar no mosaico cultural angolano, isto é, uma referência inspiradora para todas as gerações, por isso, "todos devem ser capazes de eternizar as experiências e memórias da vida, nela contidas e que jamais situação alguma venha apagar".
O professor João de Deus Gomes Pereira ao apresentar a obra afirmou que o autor oferece aos leitores uma narrativa que se desdobra em retalhos vivenciados na primeira pessoa, com a própria marca e do meio social em que viveu, o que lhe dá feição de um mosaico retrato da época.
Segundo Arlindo Isabel, da Editora Mayamba, as duas obras apresentam um rigor bastante sugestivo, cabe à sociedade tirar melhor proveito, sobretudo para a felicidade dos leitores.
Referiu que as duas obras são sugestivas quer seja a de Carlos Lamartine, que já foi lançada em Luanda, na Liga Africana, quando o autor completou 80 anos de idade.
Segundo o responsável, quanto a de Zeca Moreno brinda o povo angolano e de forma especial a sua terra natal, Benguela, com a presente obra, numa altura em que o autor comemora o seu aniversário no mesmo dia da cidade, 17 de Maio.
Carlos Lamartine, figura conhecida pelos contemporâneos como aquele que esteve na origem da criação do Hino da República, mostrou-se satisfeito pela receptividade que recebeu dos cidadãos de Benguela. Prometeu continuar a fazer tudo que estiver ao seu alcance para o crescimento e desenvolvimento da pátria que lhe viu nascer, em particular da província.
Para Zeca Moreno, a obra serviu, também, para brindar os cidadãos de Benguela, e os angolanos, apelando ao engrandecimento da literária, acima de tudo, a preservação dos valores cívicos, e traços culturais das populações.
"A minha satisfação é imensa pelo acolhimento que recebi e por ser, também, um reencontro com muita gente que já não via há muitos anos, inclusive figuras do tempo dos Bongos, com os quais não me avistava há mais de 30 anos", exclamou.
Sobre o lançamento da obra na capital do país, Zeca Moreno disse que o acto vai ser concretizado nos próximos dias.
Reforçar hábitos de leitura
O professor universitário Jaime Gomes defendeu a necessidade do reforço da cultura de leitura, na nova geração, no sentido de se preservar os valores culturais, por meio da escrita literária.
Membros do governo provincial de Benguela, entidades religiosas e políticos testemunharam o acto. Para o secretário provincial da Unita, Avelino Canjamba, a literatura permite ampliar a intelectualidade no seio das novas gerações, para solidificação dos conhecimentos diversificados, visando o desenvolvimento global do território nacional. "Angola está de parabéns pelo surgimento de mais obras no mercado literário".
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