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Na Campanha Florestal de 2022, oito empresas foram licenciadas para operar, de um universo de muitas outras que, apesar de terem solicitado, não foram autorizadas por razões de incapacidade técnica e financeira, tal como estabelece a Lei, disse à nossa reportagem o técnico do IDF, Noé Zola.
Lembrou que, embora se esteja na vigência de outra temporada florestal, ainda não aberta, as oito empresas licenciadas na Campanha Florestal 2022 mantêm as licenças de operação válidas até à abertura da de 2023, estando o IDF a proceder à certificação da madeira que, naquele primeiro ano, não tive a possibilidade de transportar da zona de corte para os estaleiros.
Para a campanha florestal de 2023, disse, ainda não foi licenciada nenhuma empresa, pelo facto de ter-se iniciado, em Janeiro passado, à recepção de processos de exploração e vistoria às áreas de exploração, ao que se seguirá uma avaliação de idoneidade e de capacidade técnica das empresas, para a posterior atribuição de Licenças de Corte.
Para a obtenção dessas licenças, indicou, Noé Zola, lei estabelece, como requisitos básicos, a obrigatoriedade de os candidatos possuírem potencial técnico como máquinas (buldózer), motosserras e estaleiro (incluindo um escritório), pessoal com domínio florestal e capacidade financeira.
"O sector florestal não produz rendimentos imediatos, possui uma cadeia de serviços, desde prospecção da área de exploração, corte, transportação e venda”, disse, sublinhando que todo este processo leva muito tempo e, se a pessoa interessada não tiver capital suficiente, incorre a sérios problemas para pagar os salários dos trabalhadores ou mesmo os deveres tributários.
Falta
de fiscais
A exiguidade de fiscais florestais tem estado a criar sérios constrangimentos ao IDF no controlo e fiscalização quer as zonas de exploração madeira, no combate à caça furtiva e aos produtores ilegais de carvão.
De acordo com Noé Zola, o IDF de Cabinda funciona com apenas quatro fiscais florestais, um número exíguo para controlar e fiscalizar as zonas de corte de madeira e, sobretudo, para fazer face ao garimpo de madeira e à produção de carvão vegetal, duas actividades ilícitas que têm estado a devastar desenfreadamente a floresta, com efeitos negativos sobre o ambiente.
Os poucos fiscais florestais disponíveis têm sido colocados junto aos postos de controlo policial, onde os empresários transitam com os caminhões carregados de madeira, com objectivo de verificar as espécies abatidas e que as conformam com a licença de corte.
Nas zonas de exploração, só são colocados fiscais depois de corte da madeira, isto é, antes de evacuação do produto para controlar as espécies abatidas e verificar se são aquelas que foram permitidas pelo IDF.
"Quando são detectadas infracções, a madeira é apreendida e só é libertada depois o pagamento da multa pelo empresário”, disse Noé Zola, acrescentando que, no caso dos garimpeiros de madeira ou produtores ilegais de carvão vegetal, quando apreendido, o produto da ilegalidade fica sob a responsabilidade do IDF na qualidade de fiel depositário do Estado que, por sua vez, o comercializa, remetendo os valores arrecadados à Conta Única do Tesouro (CUT).
Maiombe é a principal fonte de recursos
florestais do país
A floresta do Maiombe é a maior fonte de exploração de madeira do país e de Cabinda, em particular, e é explorada há mais de 100 anos, de acordo com dados disponíveis e consultados pela nossa reportagem.
Também é considerada a segunda maior do mundo depois da amazónia (Brasil), sendo conhecida como o principal pulmão florestal de Angola, mesmo depois deste longo período em que os recursos que a sua rica flora são explorados de forma sucessiva, continuando a apresentar bons níveis de sustentabilidade para a actividade exploração de madeira, além de manter o equilíbrio do ambiente e do ecossistema.
As potencialidades florestais da província de Cabinda abrangem uma área de aproximadamente 250 mil hectares, dos quais 175 mil correspondem à densa floresta do Maiombe. A densidade média varia entre os 40 e 50 mil metros cúbicos com uma serva de, pelo menos, 20 milhões de madeiras em pé.
Segundo apurou Jornal de Angola, actualmente, a taxa de crescimento anual, da floresta do Maiombe, é de 0,4 metros cúbicos de hectares por ano, o que pressupõe um crescimento total de 114 mil metros cúbicos de área explorável.
A actividade de exploração concentra-se, neste momento, nos municípios de Buco-Zau e Belize, onde a parte produtiva é de aproximadamente 3.150 quilómetros quadrados, ou seja, 44, 3 por cento da superfície total da província.
O potencial florestal da província de Cabinda, apresenta variadíssimas espécies de madeira, sendo outras com um valor comercial acima da média, como por exemplo a Cambala, Undianuni Preto, Pau-Rosa, Takula, Ngulu-Mazi e Tola Branca.
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