Política

Cadeias do país promovem humanização dos serviços

O delegado do Ministério do Interior na província do Bengo, comissário Delfim Calulo, reiterou, sábado, em Caxito, a necessidade da humanização do trabalho prestado à população penal da Cadeia de Caboxa, com vista a reintegração social dos reclusos.

22/03/2021  Última atualização 08H06
© Fotografia por: DR
Delfim Calulo fez o apelo na cerimónia alusiva ao 42º aniversário de existência do Serviço Penitenciário, salientando ser necessário que os efectivos estejam, todos os dias, em prontidão para garantir o cumprimento das penas determinadas pelos tribunais.
A Cadeia de Caboxa, na província do Bengo, possui uma capacidade para albergar 1.068 reclusos. Actualmente controla 927 reclusos, dos quais 775 condenados, entre os quais doze estrangeiros.

Durante a campanha agrícola 2020/2021, a Cadeia de Caboxa prevê produzir cerca de 86 toneladas de produtos diversos, cifra superior às 31 toneladas colhidas no ano agrícola 2019/2020. O estabelecimento penitenciário dispõe de 132 hectares, dos quais 38 em produção.
O director da Penitenciária do Caboxa, subcomissário prisional Manuel Culeca, referiu que nesta campanha agrícola estão envolvidos 209 reclusos e maquinaria.

A produção agrícola na Penitenciária destina-se ao consumo interno e visa melhorar a dieta alimentar dos reclusos. O responsável defendeu melhores políticas de reinserção social dos reclusos internados no estabelecimento penitenciário, com vista ao cumprimento das normas que orientam a ocupação do tempo livre dos mesmos.
A população penal do Caboxa recebe formação técnico-profissional, frequenta aulas de alfabetização, Informática e línguas francesa e inglesa. Também beneficia de assistência médica, medicamentosa e psicológica.


Formação profissional

No Uíge, 135 reclusos entre 20 e 35 anos internados nos estabelecimentos penitenciários do Kindoki e do Congo beneficiam desde o princípio deste ano, de formação técnico-profissional no âmbito do processo de reabilitação e ressocialização.
Segundo o director provincial do Serviço Penitenciário, subcomissário prisional Dulcínio Silvestre, que falava no acto que marcou as comemorações do 42º aniversário da fundação do Serviços Penitenciário, 30 reclusos estão a ser formados no curso de Informática e 105 na Alfabetização.

Dulcínio Silvestre referiu que o objectivo é munir os reclusos de ferramentas técnicas e profissionais para que no futuro,  ao regressarem ao convívio familiar, possam desempenhar alguma tarefa útil à sociedade.
O responsável prisional defendeu a construção de um pavilhão de artes e ofícios no estabelecimento prisional do Kindoki, visto que a falta desta infra-estrutura tem criado dificuldades na inclusão de mais reclusos na formação técnico-profissional.

Sublinhou que dos 1.095 reclusos do estabelecimento prisional do Kindoki, 386 são detidos e 709 condenados. Metade destes precisa de formação técnico-profissional para a reinserção social, segundo Dulcínio Silvestre. Para além da formação profissional, frisou, os reclusos estão inseridos na produção agrícola.

"A nossa aposta é alargar a actividade agrícola em outros municípios, sobretudo no Sanza Pombo, onde os serviços penitenciários possuem um campo de 900 hectares”, referiu.
O delegado provincial do Ministério do Interior no Uíge, comissário Monteiro dos Santos, exortou os efectivos a reforçarem as medidas de segurança nos estabelecimentos penitenciários e prestar maior atenção na reeducação da população penal, visando alargar a integração dos reclusos no trabalho socialmente útil.

O também comandante provincial da Policia Nacional no Uíge realçou que para o alcance dos objectivos, maior atenção deve ser dada à capacitação dirigida e contínua dos efectivos, acrescentando ser necessário evidenciar contactos junto das estruturas competentes para a resolução paulatina dos problemas.
Alfredo Ferreira| Caxito
Valter Gomes | Uíge
e Lourenço Bule| Menongue


Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política