Adriano Pedro explicou que as mortes, que consideraram misteriosas, estão a preocupar as autoridades municipais e a população de Quilengues, região que fica a cerca de 142 quilómetros a Norte da cidade do Lubango.

Para esclarecer os casos de cadáveres abandonados nas ruas, o administrador municipal garantiu que foi accionada a Investigação Criminal, com vista a se apurar, igualmente, as causas das mortes.

No quadro das diligências feitas junto da população, Adriano Pedro disse que alguns cadáveres foram identificados pelos familiares, mas outros, pelo tempo que ficaram à espera que parentes se manifestassem, a Administração teve de assumir os funerais.

O comandante municipal da Polícia Nacional, superintendente Paulino Cambinda, que confirmou a remoção dos sete cadáveres no período em referência, tranquilizou a população local, ao considerar que "a situação da criminalidade está controlada”.

Paulino Cambinda realçou que a Polícia Nacional foi notificada pela população à medida em que os corpos foram aparecendo. Mas, até agora, referiu que "das diligências realizadas não encontramos evidências de agressões ou indícios de terem sido vítimas de criminosos”. O comandante municipal explicou, ainda, que das vítimas, pelo menos quatro revelaram que morreram por causas patológicas e dois por afogamentos no rio, em consequência das chuvas.

Por outro lado, o superintendente considerou baixo o índice de criminalidade no município de Quilengues, fruto das operações de proximidade realizadas nas comunidades, com o objectivo de prevenir a delinquência.

O comandante municipal avançou que os crimes de ofensas corporais são os mais comuns em Quilengues, com um total de 42 casos no ano passado, seguido de 13 denúncias de crimes de furto de gado, praticados, maioritariamente, por membros das famílias de criadores tradicionais.