O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje ao investimento em economias sustentáveis para os oceanos, alegando que isso ajudará a produzir seis vezes mais alimentos e 40 vezes mais energias renováveis do que se consegue actualmente.
O Banco de Cabo Verde (BCV) espera uma redução de 94 milhões de euros nas reservas internacionais do arquipélago, necessárias para garantir as importações, face ao agravamento défice da balança comercial provocado pelo aumento dos preços.
Cabo Verde terminou 2021 com 65.630 milhões de escudos (595,6 milhões de euros) de reservas internacionais líquidas, um aumento de 2,7% face a 2020, que então representou uma queda de 12,4% tendo em conta os dados do ano de 2019, em que esse 'stock' foi de 72.912 milhões de escudos (661,7 milhões de euros).
O arquipélago não tem capacidade de refinação e importa todos os combustíveis de que necessita, incluindo para a produção de electricidade (para produzir quase 80% da electricidade), além de 80% de todos os alimentos que consome, compras fortemente condicionadas nos últimos meses devido às consequências da guerra na Ucrânia, segundo dados do Governo.
Ainda de acordo com o relatório do BCV, o "agravamento" do défice da balança comercial do país, "reflectindo a deterioração dos termos de troca na sequência do choque sobre os preços dos produtos importados", a redução esperada nas transferências oficiais correntes em donativos, bem como "o aumento previsto no pagamento de juros da dívida externa pública, deverá deteriorar o défice da balança corrente", passando de 13,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 15,7% em 2022.
"Por outro lado, espera-se uma redução nos influxos líquidos de financiamento da economia devido, sobretudo, à queda nos desembolsos líquidos da dívida externa pública, tendo em conta o esperado aumento do serviço da dívida externa pública", acrescenta o banco central.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística sector que garante 25% do PIB do arquipélago desde Março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.
Entretanto, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-
verdiano reviu de 6% para 4% a perspectiva de crescimento económico em 2022.
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