Os deputados da Assembleia Nacional pelo círculo eleitoral da província de Malanje, apresentaram, esta segunda-feira, ao governador Marcos Nhunga o seu plano de actividades para os próximos cinco anos.
A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e a sua homóloga da República de Moçambique, Esperança Laurinda Francisco Nhiuane Bias, chegaram, na manhã desta segunda-feira à província de Benguela, para uma visita de dois dias.
A governadora da província de Cabinda, Mara Quiosa, prometeu, para breve, a construção de vários equipamentos sociais no município do Buco-Zau, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM, para melhorar a qualidade de vida da população.
Segundo a governadora Mara Quiosa, dar-se-á prioridade à construção de um sistema de tratamento de água (ETA) na sede municipal, ao aumento de salas de aula e à reabilitação de vias de acesso para facilitar o escoamento de produtos do campo para as zonas de maior consumo e de comercialização.
Dados disponíveis dão conta que os habitantes do município consomem água proveniente da bacia hidrográfica do Luali, onde os garimpeiros de ouro fazem a lavagem de cascais do referido mineiro, que extraem no mesmo rio, fazendo com que a água fique com cor estranha.
A governadora Mara Quiosa disse ser urgente a construção de um sistema de tratamento de água na localidade e defendeu a necessidade de se encontrar um outro rio que possa servir de fonte de captação, para o abastecimento de água à sede do município e a outros projectos habitacionais que estão a surgir.
"A solução do problema é construir um sistema de tratamento de água no Buco-Zau, porque o antigo já não permite que a água esteja em condições para o consumo humano, devido ao excesso de detritos que absorve, resultante do processo de lavagem de ouro”, disse a governadora.
Danos ambientais
O administrador do município de Buco-Zau, Óscar Dilo, também, reconheceu que os habitantes da circunscrição consomem água impura, devido aos danos ambientais causados à bacia hidrográfica do Luali, principal fonte de abastecimento de água.
" Estamos preocupados. A população está a consumir água de baixa qualidade, devido à exploração e lavagem de ouro ao longo da zona ribeirinha”, alertou.
Acrescentou que a extração e o garimpo de ouro no rio Luali tem estado a alterar as características da principal fonte hídrica do município, afetando o ecossistema aquático, tornando impossível a pesca, o consumo de água, banho e outros afazeres domésticos.
"Os danos ambientais à bacia hidrográfica do Luali resultam, sobretudo, da exploração e lavagem de ouro, que é feita no rio, por empresas e garimpeiros”, lembrou.
O administrador disse ser urgente a construção de uma ETA no município, porque a única existente é muito velha e não tem capacidade de suportar a procura, tendo em conta a densidade populacional.
Segundo o administrador, o município de Buco-Zau, de acordo com o Censo Populacional de 2014, tem cerca de oito mil habitantes, o que supera as capacidades da ETA.
Óscar Dilo apresentou, também, à governadora, o problema de falta de salas aula, o que tem feito com que muitas crianças fiquem fora do sistema de ensino.
Garimpo de ouro
Para o regedor Filé Matoco, a situação da água é uma das maiores preocupações dos habitantes da localidade, principalmente os da sede do município.
Defendeu a necessidade de se pôr ordem no processo de exploração de ouro, sobretudo no que toca ao garimpo, por estar a causar muitos constrangimentos, aumentar o absentismo escolar, poluição do rio e afluentes, erosões e conflitos interpessoais com tendências criminais.
Filé Matoco solicitou ao Governo da província mais médicos especialistas para o Hospital Regional Alzira da Fonseca, uma unidade sanitária que, segundo referiu, carece de cirurgiões, oftalmologistas, estomatologistas, pediatras, gino-obstetras, entre outros as especialidades.
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