No Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2024, por exemplo, Angola fixou um preço de referência de 65 dólares o barril. O facto representa um diferencial positivo de 20 dólares, que pode ser entendido como receita extraordinária.

Ontem, por exemplo, o barril estava a 85,38 dólares, ainda assim abaixo dos 86,25 dólares do dia anterior, que também já esteve abaixo dos 86,75 dólares no início da semana.

Angola tem uma produção programada de 1,1 milhão de barris/dia, mas a expectativa é de, rapidamente, subir-se até 1,18 milhões de barris.

Com um preço de 1,1 milhão de barris ao preço de 65 dólares, a receita estimada fica nos 71,5 milhões de dólares/dia. Já se se considerar, a produção de 1,1 milhão de barris, mas ao preço de 85 dólares, a entrada é de 93,5 milhões de dólares, ou seja, mais 22 milhões de dólares/dia.

Os especialistas dão nota de que a receita real do Governo (impostos) no sector petrolífero, ronda os 37 por cento. Quer isso dizer que no caso um (71,5 milhões de dólares/dia) os ganhos efectivos do país são de 26,4 milhões de dólares/dia. No exemplo dois (receita diária bruta de 93,5 milhões de dólares), a receita a favor das contas públicas estima-se em 34,5 milhões de dólares.

Um barril de Brent é uma medida de aproximadamente 122 litros. O petróleo no seu mais alto historial de Angola já chegou aos 120 dólares por cada barril, enquanto em posição inversa também já caiu até aos 30 dólares. É por essa volatilidade dos preços, muito dependentes de factores geopolíticos e extra-mercados, que se recomenda a diversificação das fontes de receitas. Angola implementa um programa estratégico de diversificação da economia, exactamente para fugir da dependência desta  commoditie. O petróleo é responsável por mais de 90 por cento das receitas das exportações do país.